Maio Laranja: mês de combate ao abuso sexual infantil



Oficialmente lembrada no dia 18 de maio, campanha busca prevenir e lidar com o problema considerado questão de saúde pública e violação dos direitos humanos

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes está chegando. A data, estabelecida em 18 de maio, visa colocar em destaque e conscientizar sobre um problema ainda muito presente na sociedade: o abuso sexual de crianças e adolescentes. A proposta também tem como objetivo ensinar adultos próximos a lidar com o assunto e conversar corretamente em caso de suspeitas. Dessa maneira, o mês de maio tornou-se oficialmente o período escolhido para discutir o tema.

A psicóloga e sexóloga, Sônia Eustáquia da Fonseca, comenta que falar abertamente sobre abuso infantil entre pais, responsáveis e adultos de maneira geral é muito importante para lidar com o problema sem preconceitos e tabus. “Infelizmente, crianças e adolescentes que são vítimas de qualquer tipo de abuso carregam marcas por toda a vida. Saber conversar e identificar sinais é essencial para auxiliar na recuperação do jovem”.

Sinais

A especialista explica que uma das principais dificuldades para a vítima é contar quando um abuso acontece, seja por medo, vergonha e, principalmente, ameaças por parte do autor do crime. Portanto, ficar atento aos mínimos detalhes é o principal meio para descobrir se algo está errado. “Geralmente, os sinais podem se manifestar de diversas formas. Distúrbios do sono, agressividade, isolamento social, crises de choro, problemas com alimentação, ansiedade, entre diversos outros sinais. Além disso, é importante observar se de repente a criança começa a ter medo, crises de pânico ou se afasta na presença de determinada pessoa. Ao observar qualquer um desses sintomas, o mais indicado é conversar e procurar um profissional imediatamente”, alertou Sônia.

Ela indica que, caso alguma suspeita seja comprovada pela criança, a primeira atitude é não duvidar. “Infelizmente, dependendo da relação entre os envolvidos, pode ser que os familiares tenham receio ou dúvida se a criança está realmente falando a verdade. Nesse momento, saber lidar com a situação será primordial para evitar danos para o resto da vida. Portanto, nunca duvide da vítima! Primeiro, procure um profissional e autoridades para investigar o caso e mantenha o cuidado durante as conversas. Inclusive, a ajuda psicológica deve ser tanto para a criança, quanto para os pais e/ou pessoas próximas envolvidas”, destacou a psicóloga e sexóloga.

Fonte: Sônia Eustáquia da Fonseca, psicóloga clínica, psicanalista e sexóloga (www.soniaeustaquia.com.br).

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