Por que algumas pessoas possuem dificuldade em relacionamentos afetivos?



Entenda a relação entre a bagagem emocional e as consequências para as relações sem equilíbrio

Um princípio básico que é de conhecimento geral: o ser humano é um ser social que vive em grupo e que possui necessidade de se relacionar com outras pessoas. Algo que também não é nenhuma novidade é que, no percurso de se relacionar com os outros, encontram-se diversos problemas que, muitas vezes, possuem causas que vão além do conhecimento e alcance de cada indivíduo.

Ao longo da história viveu-se episódios em que diversas pessoas não possuíam o direito de escolher com quem viver. Ou essa escolha era feita por interesses financeiros, ou os casamentos aconteciam apenas para o crescimento das famílias.

A modernidade permitiu que o amor entrasse nessa equação e se tornasse um ponto importante na escolha de parceiros afetivos. Porém, essa escolha é carregada de vários outros fatores que contribuem para que muitos relacionamentos não aconteçam de forma saudável.

A temida bagagem emocional

Como na vida os seres humanos passam por diversos tipos de relações, sejam elas dentro de casa, no ambiente escolar, no trabalho, ou nos relacionamentos amorosos, é necessário lidar com diversas cicatrizes causadas por esses contatos que, ao longo dos anos, constroem a bagagem emocional.

“Os fantasmas oriundos de relacionamentos passados influenciam diretamente nas experiências seguintes. Isso gera ansiedade, medos, e reativa as inseguranças com as quais precisamos lidar a todo momento. Entender que cada relacionamento acontece de uma forma, que nada será e nem precisa ser igual, e que toda vivência é uma oportunidade de aprendizado, são pensamentos importantes para quem enfrenta problemas ao lidar com a própria bagagem e com a bagagem do outro”, disse o Coach Emocional, Winderson de Sousa.

Equilíbrio no relacionamento

Quando o assunto é relacionamento, a teoria é sempre mais fácil. Existem fórmulas que prometem ajudar a mantê-lo saudável, mas na prática não é bem assim. O conceito de equilíbrio também deve se aplicar nas relações afetivas, sejam elas amorosas ou não.

“É comum encontrar casais, ou até mesmo familiares e amigos, que sufocam o outro, que se fecham em suas bolhas e não deixam ninguém entrar. Esses extremos dificultam na hora de desenvolver laços e criar empatia. Quando não se conhece o outro, sua realidade, suas vivências e questionamentos, não é possível criar uma relação genuína e duradoura. Encontrar o equilíbrio no relacionamento passa por convergência de valores individuais a objetivos comuns do casal. Ou seja, a relação não pode ser pautada na ideia da troca de favores: ‘se eu fiz isso, agora é a sua vez de fazer aquilo’. Ele precisa ser natural e sem exigir nada em troca”, continuou o especialista.

Alinhamento de expectativas

Esse equilíbrio só é possível ser encontrado quando as duas partes alinham suas expectativas. Ser honesto e sincero fará com que o outro não espere atitudes baseadas em experiências próprias e construa, assim, uma imagem que não existe do parceiro.

“Então, nesse aspecto, aprender a gerenciar as emoções nos tira de algumas situações em que acabamos projetando no outro a imagem que consideramos perfeita e que tanto sonhamos encontrar, só que isso não existe. Esperar demais do outro deve ser evitado em qualquer tipo de situação, e isso é um problema seu. Sei que é duro ouvir, mas é assim que funciona. Afinal de contas, a expectativa nasce dentro de cada um a partir do que esperamos que aconteça. Estar disposto a lidar com uma pessoa que possui tantas complexidades quanto você, mas entender que elas são diferentes, é o caminho para começar a construir algo saudável e forte. Nós somos tão diversos e únicos e precisamos aprender a amar isso, não transformar em um problema que acaba, muitas vezes, se tornando crônico”, concluiu Winderson.

Fonte: Winderson de Sousa, Coach Emocional, Palestrante, Escritor, que atua ajudando pessoas a melhorarem o desempenho nas relações interpessoais, profissionais e de liderança, através do treinamento de gestão das emoções.

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