Coronavírus: atenção com outras doenças devem ser mantidas mesmo com isolamento social



Pesquisa revela que houve queda de 50% em leitos clínicos de outras especialidades nos hospitais; médico alerta para a importância de continuar se cuidando para evitar Covid-19 e outros problemas de saúde

Junto com a Covid-19 surgiu uma nova preocupação entre médicos de diversas especialidades: a queda na busca por tratamento de outras doenças. De acordo com a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), caiu em mais de 50% a demanda por leitos clínicos de outras especialidades no país.

Segundo o médico angiologista Guilherme Jonas, isso é um reflexo do isolamento social que pode ter feito algumas pessoas deixarem de lado o acompanhamento de outras doenças. “É importante lembrar que os cuidados com a Covid-19 devem ser mantidos e o isolamento social é o mais recomendado para lidar com os riscos de propagação do vírus. Porém, pessoas que possuem alguma outra doença pré-existente ou sintomas significativos devem continuar mantendo contato com médicos, mesmo que seja à distância”, explica.

Para evitar riscos desnecessários, Guilherme indica que a melhor opção é buscar auxílio profissional por telefone ou plataformas digitais. “Se você perceber algum sintoma anormal e leve, nesse momento, procure primeiramente as alternativas que possam ser realizadas à distância. Mas, caso já sofra com uma doença que precise de tratamento contínuo, não deixe de buscar o seu médico regularmente”, ressalta.

Guilherme destaca que manter o tratamento de outras doenças é importante também para prevenção contra o coronavírus. “As clínicas e consultórios de outras especialidades estão seguindo todas as recomendações de saúde com higienização ainda mais rigorosa, aferição de temperatura de todos os pacientes e consultas marcadas com espaço de tempo suficiente para evitar que mais de uma pessoa fique na sala de espera. Tudo isso é direcionado para que os pacientes não fiquem sem atendimento neste momento de pandemia, já que os casos graves de outras doenças precisam ser tratados em hospitais – que também estão realizando os atendimentos de Covid-19 e onde o risco de contágio é muito maior”, acrescenta.

Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.

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