Nova identidade visual da Fundação Clóvis Salgado marca cinquentenário da instituição



Foto: Fundação Clóvis Salgado. 

A Fundação Clóvis Salgado renova, a partir do dia 10 de junho de 2020, sua identidade visual. A data marca os exatos cinquenta anos de criação da “Fundação Palácio das Artes”, responsável pela administração e finalização das obras do complexo cultural do Palácio das Artes, que posteriormente recebeu o nome de Fundação Clóvis Salgado (FCS). A utilização da nova marca, criada pela Greco Design, marcará a celebração dos 50 anos da instituição. A nova identidade visual se inspira na fachada do prédio do Palácio das Artes, e celebra toda a contribuição cultural fomentada pela instituição ao longo de cinco décadas.

O novo Sistema de Identidade Visual (S.I.V.) busca transmitir a diversidade da programação dos espaços culturais da Fundação Clóvis Salgado. Segundo Gustavo Greco, fundador e diretor de criação da Greco Design, a angulação das aletas é transportada para a marca por meio de composição tipográfica. “O elemento visual das aletas se apresenta com sua forma preenchida, repetida, espelhada, redimensionada e rotacionada, gerando padrões e composições mais elaboradas, destaca”.

A nova logomarca possui também uma versão com o número “50” compondo as assinaturas da Fundação Clóvis Salgado e do Palácio das Artes, que serão usadas em 2020, para comemorar o aniversário da FCS, e em 2021, quando o Palácio das Artes completa o seu cinquentenário.

As assinaturas dos espaços culturais que integram a FCS – Palácio das Artes, Serraria Souza Pinto e CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – são compostas pela marca da Fundação Clóvis Salgado + o nome do espaço. Também os Corpos Artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – ganharam assinaturas, com a marca da Fundação Clóvis Salgado + o nome do grupo na cor associada ao mesmo. Foi pensada, ainda, a relação da marca com os diferentes segmentos artísticos presentes na Fundação Clóvis Salgado como Ópera, Música, Cinema, Artes Visuais e Formação, entre outros.

Em função da pandemia da Covid-19 e o consequente fechamento dos teatros e centros culturais, a comemoração do cinquentenário da FCS será por meio de postagens no site e redes sociais. São mensagens de autoridades e artistas parabenizando a Instituição pela passagem dos 50 anos.

Cinco décadas de fruição artística – A Fundação Palácio das Artes, criada em 10 de junho de 1970, pela Lei no 5.455, para administrar o espaço e conduzir a conclusão das obras em andamento, foi regulamentada pelo Decreto 12.977, de 3 de setembro de 1970. Em 1978, a Fundação Palácio das Artes recebeu o nome de Fundação Clóvis Salgado (FCS), homenageando um de seus maiores incentivadores.

Após inúmeras modificações e atualizações das leis, a Fundação Clóvis Salgado constitui hoje uma instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, que tem como missão o fomento e a difusão da arte e da cultura no Estado.

Em 1940, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, almeja a construção de um novo Teatro Municipal, uma vez que o teatro velho, localizado na esquina das ruas Bahia e Goiás, viria a se transformar em um cinema. Em 1943, iniciam-se as obras desse novo Teatro Municipal. Nesta época, o conjunto da Pampulha já era uma realidade. JK coloca então mais uma grande obra aos cuidados do arquiteto Oscar Niemeyer. O projeto concebido para o novo teatro previa um edifício com acesso pelo Parque Municipal e ligado à avenida Afonso Pena por uma extensa passarela de concreto. Ele seria equipado com os mais avançados recursos técnicos, jamais utilizados na América Latina.

Por motivos diversos as obras foram paralisadas em 1945. Belo Horizonte, sem o seu Teatro Municipal recebe, em caráter provisório, o “Teatro de Emergência”. Inaugurado em 1950, o novo espaço receberia mais tarde o nome de “Teatro Francisco Nunes”, localizado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Diversos prefeitos sucederam JK e poucas tentativas de conclusão das obras foram feitas. Numa dessas investidas, concluiu-se que o projeto elaborado por Niemeyer já não condizia com os novos tempos. Reformula-se e redimensiona-se, em 1955, o projeto original, agora a cargo do arquiteto Hélio Ferreira Pinto. Nesse novo projeto, o Palácio das Artes volta-se para a avenida Afonso Pena, abrigando, entre outros espaços, uma sala de exposição, um museu de gravura, um teatro de câmera voltado para o Parque Municipal, além do tão esperado grande teatro.

Em 1966, o Governador Israel Pinheiro assume o compromisso de conclusão do Palácio das Artes. Para acompanhamento das obras, forma-se a Comissão do Palácio das Artes, que desempenha papel fundamental nos novos destinos da Casa, elaborando, inclusive, os estatutos que subsidiariam a criação da Fundação Palácio das Artes. Além das funções culturais, o novo perfil delineado para o Palácio das Artes passa a enfatizar o potencial turístico do Estado.

Finalizadas as obras do primeiro bloco, são inaugurados o Centro de Artesanato Mineiro e o Salão de Exposições, em 1970. Em 14 de março de 1971, o Grande Teatro do Palácio das Artes é inaugurado, com o oratório O Messias, de Haendel, com a Orquestra Sinfônica Nacional, Rádio Ministério da Educação e Cultura e Coro da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro, regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.

Atuação ampla e diversa – Nesses 50 anos, a Instituição expandiu suas ações e hoje é responsável pela gestão não só do Palácio das Artes, mas também da Serraria Souza Pinto e da CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais. O Palácio das Artes é considerado um dos raros espaços culturais públicos no país e na América Latina que reúne, em um mesmo local diversos e significativos equipamentos, como Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, PQNA Galeria Pedro Moraleida, Galeria Aberta Amilcar de Castro, Galeria Arlinda Corrêa Lima, Galeria Genesco Murta, Espaço Mari’Stella Tristão, Cine Humberto Mauro, Sala Juvenal Dias e Teatro João Ceschiatti.

Também gerencia três corpos artísticos: Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, com os quais promove eventos preferencialmente com entrada gratuita ou a preços populares para facilitar o acesso de público intenso e diversificado à cultura, com o cuidado necessário para garantir uma permanente e qualificada programação artística. A FCS tem ainda entre suas atribuições a gestão do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, responsável por promover a Formação em diversas linguagens artísticas e em Tecnologia da Cena. Um dos aspectos mais valiosos dessa formação é a possibilidade da vivência prática dos alunos nos espaços profissionais do Palácio das Artes, onde está sediada uma de suas unidades, além da atuação nos Grupos Jovens e apresentações artísticas.

Pelos palcos, galerias e demais espaços da Fundação Clóvis Salgado, é presença constante a diversidade cultural do Brasil e do mundo.

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