Em um mês de comércio fechado, número de casos e mortes por Covid-19 em BH aumenta



Ontem, 29 de julho, completou exatamente um mês que o processo de flexibilização do comércio de Belo Horizonte voltou à fase zero e, novamente, os lojistas precisaram baixar suas portas. Desde o dia 29 de junho, somente os serviços considerados essenciais pela prefeitura estão funcionando. O prefeito Alexandre Kalil afirmou, naquela ocasião, que o retrocesso na reabertura do comércio serviria como prevenção à transmissão do Coronavírus na cidade.

Porém, nos últimos 30 dias, mesmo com a restrição de funcionamento do comércio e, por consequência, menos pessoas circulando nas ruas, o número de casos confirmados de Covid-19 na capital passou de 5.510, em 28 de junho, para 18.415, em 28 de julho, conforme os boletins da Secretaria Municipal de Saúde. Mesmo com o comércio fechado, os dados revelam que o número de pacientes diagnosticados com a doença teve um aumento de 236% em um mês. Nesse mesmo período, o número de mortes aumentou 237%, passando de 129 para 482.

A taxa de ocupação de leitos também não apresentou melhoras no período. No dia 29 de junho, a ocupação dos leitos de UTI estava em 88% e dos de enfermaria em 69%. De acordo com o mais recente boletim municipal, divulgado nesta quarta-feira, dia 29, a taxa de ocupação de leitos de UTI subiu para 91% e de enfermaria permaneceu nos 69%. O número de leitos prometidos pela prefeitura em maio era de 729 de UTI e 1.752 de enfermaria.

“Esses números somente comprovam que o fechamento do comércio foi uma decisão completamente equivocada tomada pelo prefeito Alexandre Kalil”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, acrescentando que “espero que a prefeitura tenha sensibilidade e leve estes dados em consideração para permitir o mais rápido possível a reabertura do comércio”.

Souza e Silva lembra que, em reunião realizada na semana passada, a CDL/BH apresentou uma nova proposta sugerindo a abertura do comércio para a próxima segunda-feira, dia 3 de agosto. “Estamos aguardando a resposta e, caso seja necessária uma nova reunião, estamos dispostos a participar. No momento em que Belo Horizonte está registrando o triste recorde mundial de 132 dias de quarentena, é importante que a prefeitura apresente alguma resposta concreta”, afirma o presidente da entidade.

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