Dinamarca, França, Holanda, Alemanha, Itália, Noruega, Reino Unido e Bélgica assinaram uma carta enviada ao vice-presidente Hamilton Mourão expressando preocupações com a degradação da Amazônia.
No documento, os signatários afirmam que “na Europa, há um interesse legítimo no sentido de que os produtos e alimentos sejam produzidos de forma justa, ambientalmente adequada e sustentável” e por isso os números do desmatamento na floresta amazônica estariam preocupando “consumidores, empresas, investidores e a sociedade civil”.
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram um aumento no número de focos de incêndio de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar de parecer um crescimento pequeno, 2019 foi o ano no qual foi registrada a maior quantidade de queimadas na Amazônia desde 2012.
A carta relembra um histórico do Brasil como um dos pioneiros na tomada de medida contra o desmatamento amazônico, e menciona o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desflorestamento na Amazônia Legal, o Código Florestal Brasileiro e a Moratória da Soja como exemplos de projetos nacionais de preservação.
O documento também expressa preocupação com os povos indígenas e as populações locais.
Os representantes dos países, participantes da parceria das Declarações de Amsterdã, um compromisso com a preservação do meio ambiente, afirmam que estão dispostos a colaborar com o Brasil em projetos de preservação.
“Gostaríamos de ter a oportunidade de discutir esse desafio junto com Vossa Excelência, através de nossos representantes diplomáticos, na esperança de que possamos trabalhar com base numa agenda comum, juntamente com outros parceiros europeus, para garantir um futuro próspero e sustentável para o nosso povo, o clima e o meio ambiente”, escreveram ao vice-presidente Hamilton Mourão.