Pandemia reacende importância da educação financeira desde a infância

Female putting coin into piggy bank


Proposta em tramitação na Câmara dos Deputados quer tornar obrigatória a inserção da disciplina em nível fundamental e médio nas escolas

Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 45% da população brasileira considera um desafio controlar as próprias finanças. Enquanto isso, mais de 30% se sente inseguro para lidar com dinheiro. Isso reflete um problema básico da educação: a falta de ensino sobre finanças desde os primeiros anos de vida.

O educador financeiro Sílvio Azevedo afirma que, principalmente, com a recessão econômica decorrente da pandemia de coronavírus foi possível destacar ainda mais esse problema. “A maior parte da população não possui um planejamento, não conhecem a importância de uma reserva de emergência e não sabem como poupar dinheiro da forma correta para lidar com imprevistos. O principal motivo para isso é que, infelizmente, não recebemos essa conscientização desde cedo. Muita gente cresce sem ter conhecimento necessário para lidar com as finanças pessoais e, principalmente, com as finanças de um negócio próprio”, destaca o especialista.

Projeto de lei quer mudar realidade financeira no país

O Projeto de Lei 3145/20 que, atualmente, está em tramitação na Câmara dos Deputados quer tornar obrigatória a inserção da educação financeira em todos os níveis de ensino escolar no Brasil. Segundo Sílvio, esse é um passo essencial para driblar problemas futuros e auxiliar na retomada da economia nacional. “Com a educação financeira nas escolas será possível refletir os resultados em todos os aspectos, pois mesmo para os mais velhos, será possível se conscientizar e aprender com os estudantes. Além disso, poderemos criar uma geração mais responsável que aprenderá a lidar com imprevistos e momentos de recessão no país”, garante.

Porém, o educador também destaca que essa inserção no ensino deve ser feita de forma completa e eficaz. “É preciso separar corretamente os níveis e ensinar verdadeiramente todos os pontos da educação financeira que começa de atos simples, como as finanças do dia-a-dia e as necessidades básicas até para situações consideradas mais relevantes, como a construção de um negócio próprio, investimentos, dentre outras”.

Nunca é tarde para aprender

Enquanto isso, Sílvio orienta que mesmo quem nunca teve acesso a educação financeira, pode começar desde já. “É importante aproveitar qualquer oportunidade para conseguir equilibrar as finanças. Caso precise, não hesite em buscar informação com profissionais especializados no assunto. Quanto mais cedo aprender a controlar os gastos, planejar e evitar imprevistos, mais resultados em longo prazo será possível alcançar”, afirma.

Fonte: Sílvio Azevedo, administrador de empresas, com ampla experiência no setor bancário e consultoria, especialista em mercado e educação financeira. Membro do MDRT (Million Dollar Round Table). É diretor e fundador da AZV Investimentos (azvinvestimentos.com.br / Redes Sociais: @silviocazevedo).

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