Volta às aulas: Fernando Meira da ONG acredita que esse não é o momento já que a interrupção é uma importante medida de segurança para evitar a proliferação do COVID-19



Com pouco tempo de estudo e, se aproximando do fim de ano, o receio de muitos especialistas, é que os alunos não saiam alfabetizados da forma correta até fevereiro de 2021

■ Redação

Com as medidas de combate a COVID-19, muitos setores acabaram sendo atingidos e inevitavelmente a educação. Assim, as aulas foram paralisadas por causa do perigo das aglomerações. Desta forma, os alunos das escolas públicas foram orientados a terem aulas on-line, assim como muitas faculdades. O tempo foi passando e agora, bem perto do fim de ano, existe um debate a respeito do retorno das aulas, ainda esse ano, mesmo sem ter a vacina contra a COVID-19. De um lado, pais preocupados, do outro lado, alunos que terão pouco tempo para aprender.

Para Fernando Meira da ONG, esse não é o momento. “Não sou a favor ao retorno das aulas presenciais, defendo a valorização financeira correta e merecida dos educadores e demais servidores da educação, cantineiras, faxineiras, professores etc. A interrupção das aulas é uma importante medida de segurança no combate à proliferação da COVID 19”.

Segundo ele, a educação é a espinha dorsal e fundamental para a reconstrução de um país após crises profundas. “Basta olharmos para os países que hoje são classificadas de primeiro mundo, uma realidade muito longe do nosso Brasil. O ineditismo existente no novo normal da pandemia, nos obriga a repensarmos na valorização dos professores e demais servidores da educação”, diz.

A respeito da proteção desses alunos e profissionais, ele é direto. “Quais as garantias de proteção os alunos, professores e servidores da educação terão com a retomada das aulas presenciais? O ano letivo já foi perdido, e é ilusório pensar em um retorno esse ano. Os alunos precisam de um ano inteiro para absorver as matérias e muitos não compreendem até o final do ano, imaginem em apenas três ou quatro meses?”, diz.

Para Fernando, o estado e os municípios, deveriam rever os problemas de estrutura das escolas, as revitalizações das mesmas. “Não precisamos andar muito para nos depararmos com escolas com telhados desabando, infiltrações nos tetos das salas, goteiras, falta de mesas e cadeiras adequadas. Então, resolvendo esses problemas que já convivemos, aí sim a implantação de novas normas de adequação para contenção do novo coronavírus será efetiva”, salienta.

Capacitação

A capacitação dos servidores e professores para a nova realidade de higienização, também é um ponto que ele apoia. “O uso correto do álcool em gel, a desinfecção dos banheiros e cantinas. É preciso criar a rotina e espaço para armazenamento dos matérias nas escolas, cadernos, livros e etc, para não serem um propulsor na transmissão do vírus, uma vez que os alunos levam para suas casa e retornam com eles para as escolas. Intervalos em dois tempos, diminuindo a quantidade de alunos nos pátios, banheiros e cantinas”, diz.

Quanto as aulas, ele reforça que nesse momento é viável utilizar a tecnologia. “Usar o Whatsapp para enviar os deveres de casa aos pais dos alunos. Além disso, criar grupos por salas para que os alunos tenham acesso aos trabalhos e assim os pais ficarão cientes e atentos as atividades a serem apresentadas. Não acredito ser prudente empurrar essa gama de alunos e ainda achar que eles vão sair alfabetizados da forma correta até fevereiro do ano de 2021”, completa.

Valorização

Para ele, é preciso defender a valorização financeira correta e merecida dos servidores da educação. “Educadores, cantineiras, faxineiras e etc. Saliento que os eleitos que estão nos cargos de vereadores, prefeitos, deputados Estaduais e Federais, bem como governadores, tem o dever de usar essa lição que estamos tendo com a pandemia e aplicar de forma correta mais investimento financeiro para real melhoria na educação. Ou seja, para que possamos voltar não da mesma forma que estávamos inertes, mas sim, melhores e mais fortes”, conclui.

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