CARTAS DE AMOR VIRAM VÍDEOS, FOTOS E PERFORMANCES NO PROJETO ‘É SÓ UMA CARTA DE AMOR’



Crédito: Andreza Coutinho.

O projeto “É Só Uma Carta de Amor” está de volta. Após quase quatro anos de hiato, apesar de uma rápida intervenção no ano passado, na capital mineira, a ação, agora com o subtítulo Anunciação para o Outono, retorna com uma nova proposta: disseminar o carinho e o afeto nas redes sociais e pelo correio. A partir do dia 7 de março, nas redes sociais do MOB Coletivo, o público poderá conferir as cartas de amor em diferentes formatos: vídeos, performances, fotos, danças e áudio-cartas, além de receber algumas cartas no conforto do lar (seguindo, claro, as recomendações sanitárias de saúde).

As cartas de amor desta edição do projeto foram enviadas pelo público, por meio de um Formulário do Google, e ganharam vida. Joelma Barros, por exemplo, adaptou um dos textos em uma performance de dança. Nas imagens, ela interage com Heitor Barros, de 3 anos. Oscar Capucho fez uma carta em braile, na qual flerta sobre o amor entre os indivíduos, e Uziel Ferreira fez uma carta em libras. Já Túlio Nobre, do Projeto Bicicoleta de Quintal, optou por uma áudio-carta, em que narra suas andanças pelo Estado e as histórias que ouve. Chedinho, por sua vez, na pele do palhaço Quilimei, propõe um olhar para dentro de si.

Além dos artistas citados acima, o projeto “É Só Uma Carta de Amor” ainda conta com Daniela Graciere (artista visual e cênica), Glauce Leonel (atriz), Kako Arancibia (ator), Luciana Matias (professora), Fabi Elyse (atriz), Carlos Caetano (ator), Natália Moreira (atriz), Luisa Lagoeiro (atriz) e Nicolle Vieira (artista da dança que está em Portugal), Lavínia Freitas (artista visual que está na Alemanha), além da gestora, artista visual e idealizadora do projeto Andreza Coutinho, que em 2017 ocupou o Sesc Palladium, em Belo Horizonte, com a iniciativa e também levou a ação para Santa Catarina e Chile. O projeto, nesta temporada, conta com o financiamento da Lei Federal Aldir Blanc.

Andreza, a propósito, ressalta que, a princípio, não queria realizar o “É Só Uma Carta de Amor”, já que a ação tem como foco principal aproximar as pessoas, oferecer um cafezinho e disponibilizar máquinas de escrever para que o público possa redigir as cartas, além de ter sempre à disposição um varal com várias cartas. “Não achei que fosse a hora. No meio do caos da pandemia, falar de amor. Tinha medo das pessoas romantizarem demais algo que não é romântico. O amor pra mim não é romântico. O amor é verdade e realidade e, infelizmente, nos deparamos atualmente com realidades duras. Mas o fato de fazer o projeto no outono, uma estação em que se precisa da perda para o renascimento, tem muita a ver com o que estamos vivendo neste período”, explica a artista, que está à frente do MOB Coletivo e da Na Marra Cultural.

O “É Só Uma Carta de Amor” tem três etapas: o envio das cartas pelo público, que seguiu até o dia 28 de fevereiro, a exposição online e o envio do material pelo correio. Há cartas em braile e em libras, além de vídeos com audiodescrição. Haverá também uma exposição de fotos no Instagram, a disseminação de um QR Code vinculado ao projeto, o lançamento de um livro/caderno sobre a edição Anunciação para o Outono 2021, e um sarau online com a equipe do Apoema Sarau Livre, coletivo de poesia de Contagem. O recital de poesias vai acontecer no dia 12, a partir das 19h, no Instagram do MOB Coletivo.

O resultado do projeto “É Só Uma Carta de Amor” poderá ser conferido entre 7 e 14 de março, quando os vídeos, fotos e performances, todos inspirados nas cartas enviadas pelo público, serão publicados nas contas oficiais do MOB Coletivo, no Instagram (https://www.instagram.com/mobcoletivo/) e no YouTube (https://www.youtube.com/user/Mobcoletivo/videos).

SERVIÇO

“É Só Uma Carta de Amor: Outono 2021”
Quando? de 7 a 14 de março
Valor: gratuito
Assessor de Imprensa: Felipe Pedrosa (31) 98741-9539

PROGRAMAÇÃO “É SÓ UMA CARTA DE AMOR”

QUEM É ANDREZA COUTINHO?

Artista plástica formada pela UEMG e pós-graduada em Design e Cultura pela FUMEC, Andreza Coutinho flerta com a diversidade artística dos tempos contemporâneos. Ela é diretora executiva da Namarra Cultural, produtora do bloco de Carnaval Pena de Pavão de Krishna e criadora e responsável pelo projeto “É Só Uma Carta de Amor”. Andreza fundou o grupo MOB, foi coordenadora de produção do Galpão Cine Horto, professora e coordenadora dos cursos de Artes Cênicas da Prefeitura de Contagem e do Move Cultura (artes cênicas para melhor idade e história de vida), além de ser musicista e compositora.

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