Recomeço na pandemia



Empreendedora que chegou a fechar as portas no início da pandemia conta como recomeçou o seu negócio com a ajuda de outras mulheres!

Desde o início da pandemia, muitas empreendedoras estão sofrendo com a recessão econômica por conta do isolamento social e com os constantes fechamentos do comércio. Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que a pandemia de covid-19 reduziu a proporção de mulheres no empreendedorismo. De acordo com o levantamento, no terceiro trimestre de 2020 havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócio no Brasil. Desse universo, aproximadamente 8,6 milhões eram mulheres (33,6%) e 17 milhões, homens (66,4%).

E pensando nessas mulheres que foram diretamente impactadas pela pandemia, a empreendedora Ana Karoline Andrade decidiu criar logo no início da quarentena, o grupo Filhas de Farani para gerar troca de experiências, motivar, além de ensinar novas formas de empreender e inovar para esse público, em um momento de recomeço também em sua carreira profissional. “Tudo começou comigo, aqui na cidade de Altamira, no Pará, após aceitar um desafio online e criar um grupo com apenas cinco amigas em um aplicativo de conversa. Agora, apenas um ano após, já temos embaixadoras em diferentes estados como Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e outras regiões”, contou.

São mulheres de diferentes ramos de atuação, com diversas histórias e idades, mas todas com o mesmo foco: não desistir! E entre elas, a biomédica e nutricionista Sheyla França, embaixadora do Filhas de Farani, em Salvador, na Bahia, é dona de uma dessas histórias de recomeço e superação. Ela começou a empreender em 2019. “Eu era professora universitária, mas decidi deixar a profissão e investir no mercado de estética. Porém, no começo da pandemia vi a minha receita reduzir drasticamente. Perdi parcerias, clientes e nem em casa queria receber as pessoas por medo do contágio. Fiquei desesperada e precisei fechar as portas”.

Ela decidiu procurar na internet maneiras de se manter, foi quando conheceu o grupo. “Eu sempre segui a Ana, acho-a referência no meio do empreendedorismo. Ela me apresentou o Filhas de Farani, que era novo, não tinha nem 25 mulheres. No começo passei por uma imersão e ao participar de maneira mais efetiva, senti um gás para voltar aos negócios” contou animada a embaixadora.

Hoje, Sheyla se sente preparada para enfrentar os desafios. “Tenho outra estrutura e qualquer dúvida que tenho, sei que posso contar com as meninas do grupo. Estou preparada para os novos desafios e estou sempre me reciclando com o apoio das demais empreendedoras”, celebra.

Ajuda mútua

Do outro, a advogada Juliana Nóbrega, embaixadora na Paraíba, viu no grupo a possibilidade de ajudar empreendedoras com o seu conhecimento jurídico. “Conheci o projeto em seu início e já me identifiquei bastante porque sempre tive dificuldade de encontrar um grupo de mulheres que verdadeiramente se ajudassem. Além disso, tenho a possibilidade de ajudá-las com o meu trabalho, já que minha atuação na advocacia é voltada para consultoria e assessoria jurídica aos pequenos empreendedores(as) e às startups nas áreas de Direito Empresarial e Privacidade e Proteção de Dados. Para minha surpresa e alegria nunca imaginei que fosse tão bem recebida e tratada por tantas mulheres. Estar com elas é aprender todos os dias sobre os negócios, as dificuldades, as experiências e o respeito por cada história”.

Fontes: Ana Karoline Andrade, gestora na área alimentícia, empreendedora e fundadora do Grupo Filhas de Farani (@filhasdefarani).

Sheyla França, biomédica e nutricionista, é embaixadora do Filhas de Farani, em Salvador, na Bahia.

Juliana Nóbrega, advogada, Pós-Graduanda em Direito e Processo Tributário (ESA-PB), Bacharela em Sistemas de Informação (UNIFIP – Patos/PB), empreendendo na advocacia. É embaixadora do Filhas, na Paraíba.

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