Psicóloga explica sobre o Transtorno Desafiador Opositivo, que pode começar nos primeiros anos da infância
É comum que crianças façam pirraça em uma determinada faixa etária, o que consequentemente deixa os pais irritados e logo, penalizam os filhos pelo comportamento ruim. Porém, a questão pode não ser só uma simples birra, e sim, se tratar do Transtorno Desafiador Opositivo (TDO).
De acordo com a psicóloga Telma Oliveira, especialista em terapia sistêmica e neuropsicologia, é preciso saber diferenciar as crianças que possuem o TDO daquelas que são apenas desobedientes. “Os pequenos que possuem o transtorno, tem um comportamento desafiador, são teimosos e ficam facilmente irritáveis, mas sem provocar agressões físicas”.
Ela acrescenta que geralmente, as crianças em idade pré-escolar e no início da adolescência têm comportamento de oposição. “O que precisamos levar em conta é que o diagnóstico desse transtorno só ocorre se os comportamentos persistirem por seis meses ou mais tempo, a ponto de interferir no desempenho social ou acadêmico”, revela.
Sintomas e formas de tratamento
Segundo a terapeuta, as causas do transtorno ainda são desconhecidas. Acredita-se que ele seja mais comum em crianças de famílias cujos adultos brigam em voz alta. “Ele pode indicar a presença de outros problemas que exigem mais investigação e tratamentos, que envolve acompanhamento psicológico e apoio familiar”, citou.
Ainda de acordo com a psicóloga, o melhor tratamento do transtorno desafiador opositivo envolve técnicas de controle do comportamento, entre elas, a abordagem disciplinar consistente. “Pais e professores devem ser instruídos sobre as técnicas pelo conselheiro ou terapeuta da criança”, afirma Telma.
A especialista enumera quais são os principais sinais que podem sugerir a presença desse problema, veja:
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Discutir com adultos;
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Perder a calma frequentemente;
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Desafiar regras;
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Importunar outras pessoas;
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Culpar terceiros por seus erros;
Fonte: Telma Oliveira é psicóloga e especialista em gestão de pessoas, psicologia médica, neuropsicologia, terapia sistêmica e TDAH (@telmaoliveirapsicologa).