Mais um velocista atingiu índice para representar a seleção brasileira de atletismo na Paralimpíada de Tóquio (Japão). Nesta quarta-feira (9), Fábio Bordignon não só estabeleceu a marca nos 100 metros da classe T35 (paralisia cerebral) como quebrou o recorde das Américas da prova, que era dele próprio, cravando 12s40 no segundo dia da seletiva paralímpica da modalidade, realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Até sábado (12), o evento é voltado aos velocistas. A partir da próxima terça-feira (15), será a vez dos atletas de provas longas e de campo, além do salto em distância. As disputas prosseguem nesta quinta-feira.
“É muito gratificante voltar a correr e alcançar o índice para Tóquio. Com toda certeza, para mim, é uma superação de tudo que aconteceu, pandemia, estou voltando de lesão, tive coronavírus. Voltei a treinar recentemente e agradeço ao meu clube Andef [Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos], o professor Amaury [Veríssimo, técnico chefe do atletismo] por todo suporte”, disse Bordignon, ao site oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Será a terceira participação paralímpica do velocista, sendo a segunda na atual modalidade. Nos Jogos de Londres (Reino Unido), em 2012, ele competiu no futebol de 7, modalidade voltada a atletas com paralisia cerebral. Quatro anos depois, no Rio de Janeiro, já no atletismo, foi medalhista de prata nos 100m e nos 200m.
Na última terça-feira (8), primeiro dia da seletiva, os velocistas Christian Gabriel da Costa, da classe T37 (paralisia cerebral), e Thomaz Moraes, da T47 (amputados de braço), obtiveram índices nos 100m e nos 400m, respectivamente. Assim como eles, Bordignon também aguarda o fim da seletiva, no próximo dia 19, e a convocação do CPB para confirmarem as vagas.
Ainda nesta quarta, Alan Fonteles bateu o recorde das Américas da classe T62 (amputados de membros inferiores com prótese) nos 100m, com tempo de 11s25. O velocista, porém, não atingiu o índice paralímpico da prova (10s68).