Uso de máscara ajuda no combate contra Sarampo



Em BH, número de casos foram zerados neste ano

Desde o ano passado, o uso de máscara é obrigatório para combater o Coronavírus, porém, a prática vem sendo eficaz para evitar outras doenças, entre elas, o Sarampo. Os impactos começaram a ser percebidos em 2020, quando a metrópole teve apenas oito diagnósticos, sendo todos no primeiro semestre. Em 2019, antes da pandemia, foram 55 notificações. A queda também foi percebida em Minas, que não teve outras confirmações nos primeiros oito meses de 2021.

A medida de controle ajuda não somente no combate contra o sarampo, mas na contenção de outras doenças. “Houve uma redução geral de doenças agudas características da infância, porque grande parte é infectocontagiosa”, revela o clínico geral e nefrologista Luís Gustavo Trindade.

Assim como a Covid-19, o sarampo é uma doença transmitida pelas gotículas de saliva com partículas do vírus dispersas em aerossol, o que favorece a transmissibilidade – cada infectado pode transmitir para até 18 pessoas. Além disso, o sarampo pode evoluir para casos graves e ocasionar complicações sérias, como pneumonia, encefalite e morte. A pessoa infectada pode apresentar tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e manchas avermelhadas na pele.

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) – ligada ao Ministério da Saúde – o Brasil recebeu, em 2016, a certificação de eliminação do vírus do sarampo, fornecido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), tendo os registros de últimos casos somente no ano anterior. Entretanto, a doença retornou ao país em 2018 e, com a circulação do vírus, o Brasil perdeu o certificado de “país livre de sarampo”.

Vacinação 

Mesmo com os resultados positivos, a vacinação contra o sarampo ainda é necessária. “Assim como outras doenças infecciosas e transmissíveis, a vacinação continua sendo a melhor opção para reduzir e até mesmo zerar os casos”, afirma.

Fonte: Luís Gustavo Trindade é médico especialista em Clínica Médica e faz parte do corpo clínico da rede Mater Dei de Saúde. Possui título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Possui especialização em Transplante Renal pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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