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Brasil é o quarto país com escassez de
mão de obra qualificada; entenda o porquê
Mesmo com o grande índice de desempregados, as empresas brasileiras têm dificuldade de preencher as vagas por falta de mão de obra qualificada. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a falta de trabalhadores qualificados deve se agravar à medida que aumentar o ritmo de expansão da economia e se tornará um dos principais obstáculos ao crescimento da produtividade e da competitividade do país.
Essa dificuldade é aumentada pelo avanço da tecnologia que modificou as relações de trabalho e as buscas por profissionais, algo que demanda novas habilidades. “As empresas querem profissionais proativos e com facilidade de adaptação, justamente para conseguir acompanhar e lidar com o avanço tecnológico”, completa Nina Mara, especialista em RH.
A falta de profissionais qualificados impacta nas estratégias das empresas, já que o principal capital do nosso tempo é o potencial humano. “Ocorre a queda no desempenho empresarial. O problema só não é maior porque, neste momento, a economia brasileira não está na sua melhor fase. Quando voltar a crescer, isso vai incomodar muito”, alerta.
Capacitação
Para amenizar a situação, empresas desenvolvem cursos para capacitar seus funcionários. Ainda segundo a pesquisa da CNI, nove em cada dez empresas que relatam a falta de mão de obra qualificada têm políticas e ações para enfrentar o problema. “Dentre as ações, podemos destacar, qualificação na própria empresa, capacitação fora da empresa (cursos externos) e o fortalecimento da política de retenção do trabalhador”, cita Nina.
O esforço para lidar com a situação deve ser coletivo. “Governo, empresas, instituições públicas e privadas precisam implantar novas políticas públicas no sistema de ensino brasileiro, que é generalista e focado para aprovação no vestibular” , chama a atenção.
A educação profissional é uma das alternativas. “Ajudaria a diminuir o número de pessoas que entram no mercado sem preparo ou uma profissão definida. O ensino técnico precisa ser mais amplo e incentivado”, finaliza a especialista.
Fonte: Nina Mara, especialista em RH. @ninamara.bhrh.