A resolução mais recente publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a respeito das normas éticas para a reprodução assistida (Resolução 2.224, de 27 de maio de 2021), estabelece o direito às pessoas transgênero de se submeterem aos tratamentos de reprodução assistida.
O ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar, Dr. João Pedro Junqueira Caetano, explica que as pessoas transgênero podem ter filhos biológicos, e que a medicina reprodutiva pode auxiliar neste processo, tanto para homens quanto para mulheres transgênero.
A seguir, o especialista comenta alguns pontos sobre o assunto:
Quais são os procedimentos disponíveis na gravidez trans?
Os procedimentos de reprodução assistida disponíveis para gravidez de pessoas transgênero são os mesmos para pessoas cisgêneros (aquelas que se identificam com o gênero atribuído ao nascimento).
É importante uma avaliação individualizada de cada pessoa ou casal, para entender os desejos e possibilidades de cada um. Dentre as opções de tratamento, temos a Inseminação Artificial e a Fertilização in vitro.
Homem trans e reprodução assistida
Homens transgêneros nascem com útero e ovários, portanto podem produzir óvulos e podem gestar, se assim desejarem.
No entanto, é muito comum que na transição de gênero seja realizado tratamento hormonal com administração testosterona, com o objetivo de induzir características sexuais secundárias masculinas e a regredir as características sexuais secundárias femininas e este tratamento precisará ser interrompido tanto se houver o objetivo de captação de óvulos para um tratamento quanto se houver o desejo de gestação.
A administração de testosterona em altas doses e por tempo prolongado pode ter impacto sobre o ovário e sua capacidade ovulatória. O ideal é que seja sempre oferecido para os homens trans a possibilidade de congelamento de óvulos antes dos tratamentos para a transição de gênero.
Mulheres trans e reprodução assistida
No caso de mulheres transgênero também existe a possibilidade de filhos biológicos, no entanto a gestação deverá acontecer no útero ou de um(a) parceiro(a) ou através do tratamento com útero de substituição, ou útero solidário.
Em alguns casos, será também necessário um tratamento com óvulos doados.
“É importante sempre buscar um especialista para orientar sobre qual o melhor tratamento a ser seguido. A Pró-Criar tem uma equipe preparada para receber todos os pacientes e casais que desejam ter filhos e necessitam passar por um tratamento de reprodução assistida”, finaliza Dr. João Pedro.
Sobre a Huntington Pró-Criar
A Pró-Criar completou 22 anos com uma novidade. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, agora passa a se chamar Huntington Pró-Criar. A nova marca une a experiência, o acolhimento e a eficiência de ambas as clínicas na área de reprodução assistida para potencializar o atendimento de excelência aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.
