Entenda a relação entre as vitaminas e a saúde ocular

Crédito: arquivo pessoal.


Vitaminas são importantes para a saúde dos olhos.  Mas devem ser consumidas com supervisão médica

Uma alimentação equilibrada, que prioriza integrais, frutas, hortaliças e grãos e evita o consumo de produtos ultraprocessados – pobres em nutrientes e com gorduras trans –, interfere de forma positiva no nosso organismo, até mesmo na visão, ao entregar vitaminas essenciais para o funcionamento regular do corpo. Para evitar danos pelo excesso ou pela quantidade insuficiente de vitaminas e minerais, importantes para a manutenção da saúde ocular, vale a pena entender essa relação.

O Ômega 3 é um antioxidante natural que impede o estresse oxidativo da retina e do corpo. Com isso, explica Dr. Aquiles Gontijo, oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG) e da Santa Casa BH, especialista em retina cirúrgica, catarata e uveíte, é capaz de reduzir a velocidade de progressão da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) que consiste em um processo natural de envelhecimento dos olhos, no qual o indivíduo percebe uma diminuição da visão central. A ingestão de Ômega 3 pode se dar pelo consumo de peixes, principalmente os de águas mais profundas, ou por meio de uma reposição diária de cápsulas com a substância.

 Entre as funções da vitamina A, presente em fontes de origem animal e vegetal, destaque para a renovação dos tecidos da retina e da córnea. Contudo, se consumida em demasia pode levar à formação de um pseudotumor (falso tumor) cerebral. Já a carência desse componente pode causar cegueira infantil, cegueira noturna e xeroftalmia (ressecamento e esclerose da conjuntiva).

A quantidade insuficiente de vitamina B1 (tiamina) no organismo pode desencadear a encefalopatia de Wernicke, síndrome que provoca movimentos involuntários dos olhos (nistagmo), e paralisia dos músculos extraoculares (oftalmoplegia). A carência de ácido fólico (B9) e cobalamina (B12) pode resultar no surgimento da degeneração macular relacionada à idade e na neuropatia óptica carencial, a qual pode afetar a visão central de ambos os olhos. Ambas as vitaminas estão presentes em cereais integrais, castanhas, hortaliças, ovos, carnes, grãos, vegetais folhosos, peixes, leite e derivados.

 Segundo dr Dr. Aquiles Gontijo, a deficiência de vitamina D está relacionada à progressão da esclerose múltipla e aproximadamente 20% dos casos estão associados à neurite óptica (perda visual aguda) evoluindo para a oftalmoplegia. A carência do composto também está ligada ao hipertireoidismo, que pode afetar a visão com doenças graves, as quais os músculos externos dos olhos ficam mais espessos e “empurram” o globo ocular para frente progressivamente. Além da exposição solar, esse micronutriente pode ser encontrado no atum, salmão, ovo, óleo de fígado de bacalhau e na sardinha.

 A baixa absorção de tocoferol, ou seja, de vitamina E, tem como consequência baixa visão noturna, distúrbio na visão de cores e retinose pigmentar atípica (doença sem cura, causada pela degeneração dos fotorreceptores da retina que não conseguem captar a luz de forma correta e transmiti-la ao cérebro pelo nervo ótico).

É necessário destacar que algumas doenças impedem ou dificultam a absorção de certos nutrientes, o que exigirá a investigação de um médico clínico ou nutrólogo que irá prescrever uma reposição. Ademais, a consulta regular ao oftalmologista é imprescindível para manter a saúde ocular em dia.

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