Cerca de 50 urnas eletrônicas apresentaram defeito, sem possibilidade de substituição, e tiveram que ser substituídas por cédulas de papel no exterior. A informação foi divulgada pelo desembargador Roberval Belinati, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), responsável por organizar as eleições brasileiras fora do país.
Segundo Belinati, em 100 países, 697 mil eleitores estão cadastrados e podem votar apenas para presidente da República. Ao todo, cerca de mil urnas foram enviadas para o exterior.
Até as 11h (horário de Brasília), em 33 países as eleições já haviam sido encerradas. Todos esses países estão na Ásia e Oceania. “Em Portugal tivemos um problema em Lisboa. Servidores da embaixada que iriam trabalhar decidiram entrar em greve, não quiseram participar do processo eleitoral, por isso houve atraso, aumento de fila e a requisição de outros brasileiros para mesários”, explicou o desembargador.
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Em abril, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a instalação de postos de votação fora da sede das embaixadas e repartições consulares em 21 países. A decisão atendeu a um pedido feito pelo Ministério das Relações Exteriores, que defendeu a necessidade de criação de novas seções eleitorais para incluir o índice crescente de eleitores que não votam no Brasil.
Vale lembrar que o voto é facultativo para menores de 18 anos, maiores de 70 e pessoas analfabetas. Sendo assim, brasileiros maiores de idade que residem no exterior devem cumprir as obrigações eleitorais e votar, ao menos, para escolher os candidatos à Presidência e à Vice-Presidência.
No entanto, quem optar por manter o domicílio eleitoral em município brasileiro continua obrigado a votar em todas as eleições. Nesse caso, será necessário justificar a ausência às urnas enquanto estiver fora do país.