Museu Nacional do Rio enterra sua primeira cápsula do tempo




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O Museu Nacional/UFRJ selou hoje (25) a sua primeira cápsula do tempo, na área em frente ao Paço de São Cristóvão, sede da instituição, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro. Produzida pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), a cápsula (55 cm X 61 cm X 43 cm) é de aço inox, revestida de polipropileno e foi enterrada em um espaço com aproximadamente 1 metro de profundidade.

Entre os mais de 100 itens que foram reunidos pelo museu e seus parceiros estão cartas de autoridades, jornais, documentos, vídeos, documentos em pendrive, pequenas partes de revestimentos do Paço de São Cristóvão, desenhos de estudantes de escolas públicas, entre outros objetos e lembranças. A abertura da cápsula está prevista para 2072.

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A cápsula foi enterrada sem que uma outra, enterrada no Jardim Terraço, em frente à sede do Museu Nacional, pela Comissão Executiva Central responsável por coordenar as comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil, tenha sido resgatada. Essa iniciativa ficará a cargo da prefeitura do Rio de Janeiro, que definirá uma data para a solenidade. Os materiais que ainda estiverem em boas condições serão entregues ao Museu Nacional para a composição do acervo.

“O momento não poderia ser mais propício para montarmos uma nova cápsula do tempo. O ano de 2022 é extremamente marcante, não só por celebrarmos o Bicentenário da Independência do Brasil, como também pelo marco nas obras de reforma e recuperação do Palácio de São Cristóvão, com a entrega da fachada. Nos últimos meses, reunimos uma série de peças e materiais de interesse social, cultural e científico que, certamente, vão gerar muita curiosidade daqui a 50 anos”, disse Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional/UFRJ.

“É um evento do bem, pensando não apenas no passado, mas sobretudo no futuro, o que é simbolizado pela ampla participação de crianças que poderão vivenciar a abertura da cápsula”, disse.

De acordo com a chefe da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional/UFRJ, Patrícia Braga do Desterro, a produção de uma cápsula do tempo tem o compromisso de registrar as memórias dos nossos dias para os que ainda virão.

“Registramos por meio de objetos, desenhos, imagens, as memórias de um tempo, um tempo marcado por acontecimentos. Um tempo sobretudo marcado pela esperança de reconstrução do país e do nosso museu. Falar sobre o tempo com as crianças e de suas expectativas para o futuro é muito importante, não podemos deixar de ouvi-las e possibilitar que elas exerçam sua cidadania e se coloquem, registrando seus sonhos, desejos, críticas com relação ao mundo em que vivem e ao que esperam construir e encontrar no futuro”, disse Patrícia.

Criada para armazenar objetos e informações que retratam uma determinada época, as cápsulas do tempo apresentam elementos que permitem o conhecimento sobre hábitos e valores de uma sociedade. Especialmente preparadas para que o conteúdo seja preservado, as cápsulas do tempo incluem objetos, moedas, documentos, cartas e lembranças pessoais das pessoas envolvidas em sua produção.

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