Presos no QG do Exército chegam a 1,2 mil; 204 foram detidos domingo  



A Polícia do Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) começaram, hoje (9) de manhã, a desocupar a área em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, ocupado desde o fim das eleições do ano passado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro – derrotado em sua tentativa de reeleição – que não aceitam o resultado das urnas.
 
Aproximadamente 1.200 pessoas foram presas no local e levadas em dezenas de ônibus até a Superintendência da Policia Federal (PF) em Brasília. Imagens de TV mostram o comboio chegando à sede da PF. O número de presos foi informado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.


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Os detidos passarão por triagem no Instituto de Criminalística e devem ser ouvidos por integrantes da PF. Não está claro se permanecerão presos ou se serão liberados em seguida. Em rede social, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que a Polícia Legislativa prendeu 44 invasores no domingo, e que eles foram encaminhados ao sistema penitenciário da Papuda.

A Polícia Civil também emitiu nota em que confirma a prisão em flagrante de 204 vândalos durante o domingo de depredação e violência na Praça dos Três Poderes. De acordo com a corporação, os responsáveis por atos de menor potencial ofensivo assinaram termos de comparecimento à Justiça e foram liberados. Outros, responsáveis por condutas mais graves, permanecem presos.

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A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF) divulgou nota no fim da manhã de hoje informando que 176 pessoas que foram presas em flagrante no domingo (8), 112 homens e 64 mulheres, foram transferidos para  Centro de Detenção Provisória II e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

Acampamento

A prisão das pessoas que pediam golpe de Estado em frente ao QG do Exército foi feita após ordem do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), que durante a madrugada determinou a remoção do acampamento em 24 horas e autorizou a prisão em flagrante de quem não acatasse a decisão. Segundo o magistrado, os bolsonaristas no local poderão ser enquadrados em ao menos sete crimes.

Antes de realizar as prisões, os policiais que trabalham na desmobilização do acampamento avisaram aos presentes que deveriam se retirar do local voluntariamente, mas passado algum tempo, com a insistência das pessoas em permanecer, fizeram as detenções. Não houve registro de conflitos durante as detenções.

O ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, chegaram a acompanhar a remoção do acampamento durante a manhã. A remoção efetiva das estruturas do local é realizada por militares do Exército, enquanto um cordão de agentes da PM-DF faz o isolamento da região.

Na mesma decisão em que autorizou as prisões, Moraes determinou o afastamento do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias.

As medidas foram tomadas após pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, diante da prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras, ocorridos na capital. Ontem, vândalos invadiram e depredaram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Matéria atualizada às 12h37 para acréscimo de informação.

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