Medicina ortomolecular ajuda a combater efeitos nocivos do açúcar



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Consumo excessivo compromete até mesmo a expectativa de vida devido aos riscos no organismo

O açúcar é um ingrediente indispensável para a culinária e faz parte dos nossos hábitos alimentares. Mas há bastante tempo a ciência sabe que ele é um dos maiores vilões de tudo o que compõe a dieta humana. Não é por acaso. São diversos problemas que ele provoca no organismo. Um dos motivos é seu poder de ativar a produção de citocina, uma proteína com propriedade inflamatória.

“A citocina inflamatória é um agente importante do nosso sistema imunológico, mas quando ocorre a entrada de açúcar no organismo, ela se multiplica e provoca a liberação de radicais livres, promovendo a glicação nas células, que acelera o envelhecimento. É um processo desencadeado pelo consumo desmesurado de açúcar”, explica a Dra. Consolação Oliveira, médica especializada em nutrologia, fisiologia hormonal e medicina ortomolecular. As consequências disso, segundo ela, podem alcançar o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, Alzheimer e até câncer.

No campo da nutrologia e da medicina ortomolecular, através de estudos robustos e cientificamente comprovados, têm-se concluído que tratamentos baseados na exclusão do açúcar e na suplementação são eficazes contra os efeitos adversos da glicação causada pelo excesso de açúcar. A suplementação, por exemplo, deve ser feita com antioxidantes corretos, nas doses ideais e individualizadas, bem como o uso de vitaminas, proteínas e gorduras nobres, como o abacate, o azeite e o óleo de coco.

“O papel da medicina ortomolecular e da nutrologia é de reequilibrar as funções do organismo, e isso passa pelo controle dos radicais livres, da eliminação de toxinas, além do combate à inflamação crônica e à obesidade. Paralelamente, ela visa a fortalecer o sistema imunológico. São procedimentos que vão combater as ações deletérias do uso excessivo desse veneno doce: o açúcar”, orienta a Dra. Consolação.

Por isso, o controle do açúcar também auxilia nas respostas orgânicas da insulina, hormônio que tem justamente o papel de controlar os níveis da substância no sangue. “Quando as células não respondem mais a essa proteção da insulina, os níveis de açúcar tendem então a explodir no organismo, potencializando o indivíduo a contrair um diabetes tipo 2 ou doenças cardiovasculares, como AVC e hipertensão arterial”, alerta a médica.

Açúcar na pele
A nutróloga afirma que até mesmo a pele sofre as evidências dos efeitos nocivos do açúcar. As moléculas do produto, segundo ela, têm o poder de aglutinar-se com o colágeno e a elastina, duas substâncias importantes para a longevidade. A junção do açúcar com esses elementos é chamada de glicação. “A glicação é um processo que resulta na destruição das fibras dessas proteínas presentes na pele, aumentando muito as chances de perder sua elasticidade, e consequentemente acelerando o surgimento de estrias, rugas e da flacidez”, descreve.

Por essas razões, a médica Consolação Oliveira explica que o açúcar é globalmente tratado como uma substância que acelera o envelhecimento, e recomenda que, à medida do possível, ele seja substituído por substâncias menos nocivas, como stévia, taumatina, tâmara e passas. E, caso seja muito difícil excluir o açúcar de vez do dia a dia, é indicado usar doses menores do açúcar mascavo.

“Existem cada vez mais alternativas ao açúcar presentes no mercado. É uma questão de gosto pessoal, mas a substituição ou mesmo apreciar o sabor puro dos alimentos tende a ser muito positiva. E, para quem já sente os efeitos do consumo exagerado, é importante buscar orientação médica para combater os problemas”, finaliza.

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