Como cada etapa da trajetória molda o profissional e o legado que construímos.
Ao olhar para trás e revisitar minha trajetória como engenheiro civil e empresário, percebo que cada etapa, por mais desafiadora que tenha sido, trouxe aprendizados que definem quem eu sou hoje. Aprendi que o caminho que escolhemos trilhar é construído com decisões diárias e que, em cada desafio, há uma oportunidade de crescimento.
Comecei minha jornada ainda nos primeiros semestres da faculdade de Engenharia Civil, em 2001. Como estagiário no maior edifício de Natal à época, tive a sorte de aprender, na prática, o que a teoria sozinha não poderia ensinar. Lembro-me de como aquele projeto, com seus 23 andares e desafios técnicos, exigiu soluções inovadoras. Foi ali que desenvolvi, pela primeira vez, um método construtivo que acelerou o trabalho e otimizou os recursos. Pode parecer simples hoje, mas para um jovem estudante, aquilo significava um grande marco. E, na verdade, foi.
Essa primeira experiência me ensinou algo que carrego até hoje: os resultados vêm quando nos dedicamos, mas também quando ousamos fazer diferente. Cada obra, cada equipe e cada desafio me mostraram que, para alcançar algo significativo, é preciso pensar além do óbvio e não ter medo de inovar.
Mas o que talvez nem sempre seja tão evidente é que o trabalho vai além da execução técnica. Construir, seja um prédio ou um negócio, é também um ato de responsabilidade. Ao longo dos anos, tive a oportunidade de liderar projetos que impactaram não só empresas, mas também comunidades inteiras. Desde residências para o programa Minha Casa Minha Vida até grandes empreendimentos comerciais, sempre me vi conectado a algo maior: o impacto que aquilo teria na vida das pessoas.
Quando entrei no setor de combustíveis, em 2017, a sensação era de começar do zero. Era um campo novo para mim, cheio de particularidades e desafios. Mas, à medida que fui me envolvendo, percebi que muitas das lições da engenharia também se aplicavam aqui. Planejamento, inovação e a busca pela eficiência são universais. Liderar equipes de mais de 200 pessoas, gerenciar grandes operações e garantir o funcionamento de estruturas complexas só reforçou meu entendimento de que, independente do setor, o sucesso vem da soma de técnica, visão e cuidado com quem faz parte da jornada.
Outro ponto que sempre me marcou foi a busca por contribuir com algo além do meu trabalho. No Grupo AFX Postos, por exemplo, desenvolvemos ações de responsabilidade social que fizeram toda a diferença em comunidades locais. Desde o incentivo ao esporte até ações solidárias, percebi que negócios não podem ser apenas sobre números. Eles precisam ter alma.
Se há algo que gostaria de compartilhar com aqueles que também estão construindo suas carreiras é que, muitas vezes, o segredo está na resiliência. Os desafios vão surgir – sempre. Mas é nas adversidades que encontramos nossa força. Não foram poucas as vezes em que precisei repensar estratégias, buscar novos aprendizados ou me reinventar. Hoje, cursando um mestrado em Administração com foco em Negócios Digitais, percebo que nunca é tarde para começar de novo ou para ampliar nossos horizontes.
Aprendi que sucesso não é só sobre os resultados financeiros ou profissionais, mas também sobre o legado que deixamos. Certificações como o ISO 9001 ou o reconhecimento como Comendador são importantes, mas nada se compara à sensação de saber que ajudei a transformar realidades, seja com um projeto habitacional, seja ao abrir oportunidades para outras pessoas prosperarem.
A engenharia e os negócios me ensinaram muito, mas talvez a maior lição seja que nada disso acontece sozinho. O apoio da minha equipe, o aprendizado com mentores e até mesmo os erros ao longo do caminho foram fundamentais. É por isso que acredito que compartilhar conhecimento é tão essencial quanto acumulá-lo.
Hoje, enquanto olho para o que construí até aqui, vejo mais do que obras ou números. Vejo histórias. Histórias de desafios, conquistas, pessoas e realizações que me motivam a continuar aprendendo e contribuindo. Porque, no final, o que realmente importa não são as metas atingidas, mas a jornada que nos levou até elas.
Escrito por Nathalia Pimenta