Com uma abordagem técnica precisa e foco em eficiência, Leonardo liderou a modernização da rede e dos servidores da empresa, solucionando gargalos antigos e criando um ambiente mais estável, ágil e preparado para o futuro
Quando Leonardo Monteiro assumiu a responsabilidade de revitalizar a rede de computadores da Forte Ferro e Aço, em 2017, o cenário que encontrou era comum a muitas empresas brasileiras: uma infraestrutura antiga, marcada por equipamentos obsoletos, lentidão no sistema e gargalos que afetavam diretamente a produtividade. O que ele fez a seguir, no entanto, foi tudo menos comum.
A primeira atitude foi a mais sensata e, ao mesmo tempo, a mais negligenciada no ambiente corporativo: escutar a rede. Em vez de sair substituindo tudo de forma aleatória, Leonardo fez uma análise criteriosa para identificar os pontos críticos. Um dos primeiros achados foi um switch dedicado exclusivamente aos servidores, que mais atrapalhava do que ajudava. A solução? Eliminar o intermediário e conectar os servidores diretamente ao rack principal, com cabos Cat6A e conectores blindados. Essa medida, simples na teoria, resultou em um salto real de desempenho, reduzindo a latência e eliminando gargalos que se arrastavam há anos.
O projeto, ao longo dos meses, consolidou-se como um verdadeiro case de recuperação de ativos e revitalização de infraestrutura crítica, com resultados concretos em desempenho e economia. Com a base da rede mais estável, Leonardo deu início à modernização dos próprios servidores. Atualizou processadores e ativou capacidades antes subutilizadas, como o segundo socket de CPU em algumas máquinas. O passo seguinte foi ousado: migrar a infraestrutura física para um ambiente totalmente virtualizado, usando o Hyper-V. Essa decisão permitiu que a empresa passasse a contar com um sistema de alta disponibilidade, capaz de suportar a falha simultânea de até dois servidores, sem parar a operação.
Essa transição para a virtualização, além de oferecer resiliência, trouxe agilidade e facilitou o gerenciamento de situações críticas. O ambiente ficou mais confiável, escalável e preparado para o crescimento da empresa. Para consolidar esse novo patamar, foram adquiridos dois servidores dedicados adicionais, o que aumentou a capacidade total e permitiu redistribuições de carga com segurança.
Com a estrutura mais robusta, Leonardo partiu para outro ponto sensível: o desempenho da base de dados. Os discos antigos foram substituídos por SSDs SAS de alto desempenho, que entregaram agilidade significativa nas consultas, nos pedidos e na geração de relatórios. Estima-se que o tempo de resposta para processar pedidos, tanto novos quanto existentes, tenha sido reduzido em cerca de 20% a 30%. Esse ganho refletiu diretamente em agilidade comercial e maior capacidade de atendimento, com impacto real sobre os resultados financeiros.
Mesmo com todos esses avanços, um novo gargalo surgiu, e era justamente a rede. Para resolver, os switches da matriz foram substituídos por modelos de última geração, com maior capacidade de throughput. Além disso, todos os demais switches da empresa foram trocados por equipamentos com, no mínimo, portas gigabit. Isso garantiu que cada colaborador tivesse acesso direto e rápido aos servidores, sem depender de intermediários limitados.
No ambiente virtualizado, Leonardo ainda implementou o protocolo de Link Aggregation, permitindo que múltiplas placas de rede funcionassem como uma única conexão lógica. Essa estratégia possibilitou velocidades multi-gigabit entre os servidores e o rack principal, elevando o padrão de desempenho da rede interna.
Nas filiais, o cenário também exigia atenção. Em uma delas, por exemplo, o sistema caía de forma intermitente, afetando apenas alguns computadores, um indício claro de problemas físicos na rede local. A resposta foi uma reestruturação completa: novo cabeamento em Cat6A, conectores blindados, substituição dos switches e instalação de um roteador com capacidade de Load Balancing e failover automático. A iniciativa resultou na estabilização total da unidade, eliminando falhas e interrupções, com custo reduzido e sem necessidade de soluções externas.
Mas talvez o episódio mais emblemático dessa jornada tenha sido o da porta automática da sede, que ficou inoperante por mais de dois anos. Após cinco tentativas frustradas com empresas especializadas, todas recomendando a substituição completa do sistema, Leonardo decidiu investigar por conta própria. Com uma análise técnica precisa, identificou que o problema estava no transformador da placa controladora. Em vez de trocar todo o conjunto, utilizou uma fonte externa de maior capacidade para garantir funcionamento estável e duradouro. A porta voltou a operar perfeitamente e continua funcionando até hoje, seis anos depois.
Cada uma dessas decisões teve algo em comum: foco em eficiência, reaproveitamento inteligente da estrutura existente e resposta rápida às necessidades da operação. Soluções práticas, sem desperdício, com retorno imediato. É esse tipo de engenharia aplicada que faz diferença no dia a dia das empresas.
Mais do que um conjunto de soluções técnicas, o que Leonardo entregou à Forte Ferro e Aço foi uma nova cultura de eficiência. Seu trabalho mostra como o domínio da engenharia, aliado a uma visão prática e estratégica, pode transformar desafios operacionais em ganhos concretos e duradouros. E essa mesma mentalidade, que combina conhecimento técnico com propósito, é o que ele leva agora para a sala de aula, formando profissionais preparados para um mercado cada vez mais exigente e dinâmico.
“Acredito que a função da engenharia vai além da tecnologia. Trata-se de resolver problemas reais, com inteligência, criatividade e respeito aos recursos disponíveis. É esse pensamento que compartilho com meus alunos hoje”, destaca Leonardo.
Quem quiser acompanhar mais da atuação de Leonardo Monteiro e entender como ele tem transformado a educação técnica por meio da prática, pode encontrá-lo no LinkedIn: linkedin.com/in/leonardo-monteiro-1552b7168
