Foto: Chico Lobo – Foto – Crédito: Élcio Paraíso
No dia 18 de maio é celebrado o Dia Internacional de Museus. Todos os anos, nesta data, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) realiza a Semana Nacional de Museus que, em 2020, chega a sua 18ª edição. A temática é definida pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) e, este ano, o tema é “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”. Nesta edição, com o Memorial Minas Gerais Vale (MMGV) fechado, devido ao isolamento social para conter a disseminação do Coronavírus, entre os dias 18 e 22 de maio, o espaço vai exibir uma série de publicações em suas redes sociais, apresentando uma parte dos trabalhos que já foram realizados ao longo dos anos dentro deste tema. Além disso, na Semana de Museus será disponibilizado o show inédito “Chico Lobo – 35 anos – Histórias e Cantorias” , na segunda-feira (18/5), às 19h30. E no sábado (23/5), às 17h e no domingo, às 10h, serão exibidos vídeos exclusivos da performance “Em Nós: a Dança Afro de Marlene Silva”, uma homenagem a essa pioneira da dança Afro em Minas, dentro do projeto Diversidade Periférica – com o objetivo de reforçar o caráter e a missão do Memorial Vale, que é a de incluir e valorizar as pessoas, celebrando as diferenças.
O tema da Semana Nacional de Museus de 2020 vem ao encontro aos projetos e atividades desenvolvidos pelo Memorial Vale, que promovem a inclusão e a valorização das diferenças. O espaço trabalha a apropriação do museu por diferentes tipos de público. “Além da promoção da igualdade, diversidade e inclusão está a acessibilidade que, para nós, é mais que uma adequação do espaço físico, é buscar experiências significativas aos visitantes”, destaca Wagner Tameirão, gerente do Memorial Vale. O MMGV atua em todas as suas frentes de trabalho, desde a Recepção, passando pela Comunicação, Programação Cultural e pelo Setor Educativo, no intuito de ter uma escuta atenta às necessidades do público. Como exemplos, destaca-se o Guia Multimídia, ferramenta que permite a acessibilidade de deficientes auditivos alfabetizados na linguagem convencional (por meio de legendas), o Diversidade Periférica, projeto que abre espaço para artistas da periferia se apresentarem no museu, e as ações do Educativo dentro do Projeto Museu, Lugar de Criança, que realiza atividades elaboradas especificamente para as crianças da primeira infância (3 a 5 anos) assegurando, desse modo, o direito de acesso, dessa faixa-etária, aos espaços de cultura, dentre outros projetos.
Segunda-feira (18/05), às 19h30, show Chico Lobo 35 Anos de Viola — Histórias e Cantorias
O show “Chico Lobo 35 Anos de Viola — Histórias e Cantorias” é uma viagem poética por veredas e montanhas de Minas Gerais, conduzida pela viola, alma do Brasil e paixão de Chico Lobo. Além de composições inéditas, tem causos e a participação especial dos artistas Tatá Sympa e Moisés Navarro, que gravaram de suas casas. No repertório, músicas próprias como “Maria”, moda de viola que Maria Bethânia gravou no disco de Chico Lobo; “Matuto e Causo do São Gonçalo” (instrumental); “Viola de Terreiro”; “Viola de Minas”; “Luarão”, com participação de Moisés Navarro; “Caipira”; “Maria da Cidade e Sertão”, com participação Tata Sympa, música composta na viagem do trem da Vale BH / Vitória; “Sertão” e “Sagrado Em Meu Olhar”.
Parte da raiz musical de Chico Lobo se conecta com a atualidade, através do panorama de composições executadas com elegância e de modo contemporâneo pelo artista — reconhecido três vezes consecutivas pelo Prêmio (de âmbito nacional) Profissionais da Música, como Melhor Artista Raiz Regional. Nele faz desfilar instrumentais e cantigas — que compõem sua obra de mais de 20 CDs lançados, dois DVDs e um livro, que envolvem estilos como modas, instrumentais, batuques, toadas, congados, folias e etc.
Sábado (23/05), às 17h e Domingo (24/5), às 10h – Performance – “Em Nós: A Dança Afro De Marlene Silva”
“Em Nós: A Dança Afro De Marlene Silva” é uma performance com direção do bailarino, coreógrafo e pesquisador em Dança de Matrizes Africanas, Evandro Passos e traz à cena o legado da professora e coreógrafa Marlene Silva, que faleceu em abril de 2020, vítima de enfarto. Ela foi a pioneira da Dança Afro para palco em Minas Gerais, deixando diversos discípulos na Dança, pelo Brasil e pelo mundo. Esta artista revolucionou o jeito de dançar dos mineiros nos anos 70, agregando pessoas das escolas de samba, do movimento “Black Soul”e bailarinos das mais variadas modalidades em sua academia na zona sul de Belo Horizonte. Nos vídeos, que serão divididos em duas apresentações, no sábado (23/05), às 17h e domingo (24/5), às 10h, em cena, num jogo de movimentos simbólicos, quatro bailarinos que a conheceram de perto, se uniram em uma performance virtual. Foram convidados bailarinos de três estados Minas Gerais, Salvador e Alagoas, sendo eles Evandro Passos, Nadir Nóbrega, Edu Passos e Edileuza Santos que, carinhosamente transformaram movimentos dançantes em tributo a esta grande artista, bailarina, coreógrafa e mestra que, em Belo Horizonte, trouxe novo significado para o fazer dançante.
A performance integra o Diversidade Periférica, projeto que tem a curadoria de Patricia Alencar, e que busca aproximar moradores dos aglomerados à programação e às atividades do Memorial Vale, além de dar visibilidade às iniciativas, às manifestações e às práticas artístico-culturais existentes em cada comunidade.
Todas as ações do Memorial Minas Gerais Vale ao longo do período de fechamento podem ser acompanhados nos canais do espaço na web:
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