30 de Março: Dia Mundial do Transtorno Bipolar



Data acende alerta para importância do debate sobre a doença que é considerada complexa e caracterizada pela alternância repentina de humor.

Falar sobre doenças e transtornos mentais ainda causa estranheza em algumas pessoas. Pensando nisso, o dia 30 de março é voltado para conscientização sobre o transtorno bipolar, um distúrbio associado a alterações de humor que vão da depressão a episódios de obsessão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno afetivo bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo.

Para o médico psiquiatra Bruno Brandão, a data serve para conscientizar e derrubar o estigma social em torno do problema. “O objetivo é levar mais informação à população para educar e sensibilizar para a doença, que representa um desafio  para pacientes, profissionais de saúde, familiares e comunidade”, comenta.

A causa exata do distúrbio bipolar não é conhecida, mas acredita-se que seja influenciada por uma combinação de fatores como genética, ambiente, estrutura e química do cérebro. Por isso, sua descoberta pode demorar por conta do desconhecimento em torno do problema. “O histórico de vida da pessoa e familiar auxilia no diagnóstico, pois leva em conta as alterações de humor anteriores, episódios atuais ou passados de depressão, além da ausência de resposta ao tratamento com antidepressivos”, revela o especialista.

Sem cura

De acordo com Bruno, a doença não tem cura, mas com tratamento correto, o indivíduo pode viver normalmente. “Os cuidados incluem, o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como o fim do consumo de substâncias psicoativas (cafeína, anfetaminas, álcool e outras), além de desenvolver hábitos saudáveis de alimentação, sono e redução dos níveis de estresse”, citou.

Ainda segundo Brandão, o apoio familiar faz toda diferença. “Os familiares precisam dar suporte, não julgar e procurar se informar sobre a doença. Além disso, é ideal que a família também tenha acompanhamento psicológico para ter emocional para ajudar o parente”, ressaltou o médico.

Fonte: Bruno Brandão Carreira, médico psiquiatra. Especialização em dependência química pela unidade de álcool e drogas pela Universidade Federal de São Paulo – USP. É sócio fundador da associação brasileira de neuropsiquiatria. Atualmente atende em consultório próprio em BH e Três Marias – MG (@brunopsiquiatra). 

Foto: Internet

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