Fachada Matriz – Crédito: Foto – Dalila Pires
Após quase uma década interditado, monumento histórico que corria risco de ruína, está sendo restaurado através de esforços da comunidade
Da mesma forma que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o maior de história natural do Brasil, com um acervo de 20 milhões de itens, como fósseis, múmias, peças indígenas e livros raros que foi destruído por um incêndio de grandes proporções no começo de setembro, a igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante, também estava correndo o risco de desmoronar a qualquer momento. Caso ocorresse, representaria uma perda significativa para a sociedade brasileira, uma vez que a edificação abarca, além da arquitetura, peças e pinturas de estimado valor artístico cultural do período colonial. Localizada em Catas Altas da Noruega, em Minas Gerais, ela foi construída há quase 300 anos e obtém características importantes da memória nacional, como a arquitetura Rococó e Barroca, muito presente na época.
Após quase uma década interditada, o processo de restauração começou há dois anos e cerca de 80% da obra está sendo financiada pela própria comunidade. A iniciativa partiu do Padre Luiz Antônio Reis que, com a ajuda da população local, impediu que a igreja caísse em ruínas. “Nós temos pela frente um trabalho que acredito não ter data para terminar que é o trabalho de educação patrimonial. Não apenas devolver o monumento restaurado, mas modificar a maneira da comunidade local se relacionar com esse monumento”.
E para retratar o processo de restauração de um dos monumentos mais antigos de Minas Gerais e desenvolver o senso de educação patrimonial na comunidade e no espectador em geral, a produtora Atlântico Filmes arrecada até o dia 21 de dezembro fundos para a produção de um documentário que terá como protagonista a própria Matriz. “Queremos jogar holofote para tamanha riqueza, até então desconhecida pelos mineiros”, afirma a diretora do filme, Dalila Pires. As doações de qualquer valor podem ser feitas através da internet. Para que o projeto consiga ser realizado a meta é arrecadar 120 mil reais para arcar com custos de equipe, equipamentos, entre outras necessidades.
Apresentação ao ar livre
Caso a meta seja atingida, a gravação será dividida em 10 etapas e ocorrerá num período de 12 meses em que captará todos os processos de restauração. Após o documentário concluído, os moradores de Catas Altas da Noruega terão uma sessão exclusiva de estreia. “O projeto também tem como objetivo apresentar em escolas locais oficinas para conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da preservação patrimonial”, acrescentou a roteirista Mônica Veiga, diretora de criação da produtora Atlântico Filmes.
Serviço:
Onde doar?
As doações podem ser feitas através do site:
https://www.kickante.com.br/campanhas/documentario-matriz-sao-goncalo-do-amarante
Mais informações: (31) 98011-0508 (whatsapp)
Link do vídeo com apresentação do projeto:
Fonte: Mônica Veiga, roteirista e diretora de criação da produtora Atlântico Filmes (@atlanticofilmes).
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