Comércio: Expectativa de vendas para o Natal de 2020 pode chegar a R$ 3,26 bilhões em BH



No entanto, diferentemente do cenário nacional, BH poderá ter uma queda de 1,85% em relação ao ano de 2019

Com as festas de fim de ano se aproximando, os comerciantes já começam a se preparar para incrementar nos produtos e também na aparência para atrair ainda mais consumidores. No entanto, a expectativa de crescimento nas vendas ainda é uma incógnita, mesmo sabendo que existe possiblidades de aumento de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta lucros de cerca de R$ 34,3 bilhões no comércio varejista. Assim, um relativo avanço de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos pontos positivos para essa possibilidade de avanço está no Auxílio Emergencial, programa do Governo Federal que neste ano, serviu como apoio para muitas famílias. Em entrevista, o economista Felipe de Jesus, fala sobre a expectativa de vendas e o impacto do Natal nesse período.

– Qual o impacto do Natal para a economia?

O ano de 2020 foi atípico em relação aos anos anteriores, já que a desaceleração em empregos e cortes de vagas na pandemia, foi expressivo. Todavia, com algumas medidas do Governo Federal, como exemplo, o Auxílio Emergencial, houve de certa forma um balanceamento das contas de casa e uma expectativa (já no fim de ano) de melhoras nas vendas por parte dos empresários, principalmente no Natal. Com isso, a data que é uma das mais cotadas, deve movimentar, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de R$ 34,3 bilhões no comércio varejista. Assim, um relativo avanço de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em Belo Horizonte, por exemplo, existe uma expectativa de vendas para a data de R$ 3,26 bilhões ao longo de dezembro. No entanto, diferentemente do cenário nacional, uma queda de 1,85% em relação ao ano de 2019. Esse dados refletem em uma pesquisa da CDL/BH.

– A pandemia vai influenciar na forma de compra?

Sim! Falamos de desemprego, redução da renda das famílias e a suspensão de contratos que com certeza vão refletir nas compras. Isso é inevitável! Com o cenário atual, entram as ‘lembrancinhas’ em substituição aos presentes com valores mais altos, como exemplo, itens de tecnologia, celulares e outros acima de R$800. O ticket médio (ou valor de compra por pessoa nas lojas) deve ir de R$80 a R$102 e não deve passar disso! Fora isso, temos um outro fator que mostra uma mudança de comportamento do consumidor por causa da pandemia que são as vendas on-line. O Brasil foi o país que teve o maior crescimento nesse nicho de produtos domésticos, tirando os alimentos. Tanto que registrou um crescimento de 47% apenas no primeiro semestre, sendo a maior alta em 20 anos conforme dados da Ebit|Nielsen (empresa que mede a reputação de lojas virtuais e dados para o mercado online).

– O que pode contribuir para o aquecimento do comércio?

Com certeza os comércios que apostarem nas liquidações e promoções poderão sair na frente no ano de 2020. Outra grande ideia que o comércio jamais poderá deixar de lado, está nas formas de pagamento, com mais flexibilidade e descontos a vista. Obviamente, que o adiantamento do 13° salário também poderá ser uma forma de movimentar o comércio, até porque, deixar para comprar de última hora não é a melhor saída para buscar descontos.

– Quais as estratégias para o comerciante aumentar as vendas no Natal?

A recepção é a melhor porta de entrada para o comerciante! Mas isso, não apenas no ano de 2020, mas sempre! Todavia, nesse ano em específico, acredito que para vender bem durante a data natalina, o comerciante deve se atentar a alguns quesitos, como: atender bem o cliente e ouvir o que ele deseja comprar; mostrar o mix de produtos da loja e ter sempre um funcionário por dentro de tudo, sejam promoções ou liquidações no caso da ausência de um vendedor. Além disso, se a movimentação estiver bem forte na loja nos 10 dias anteriores ao Natal, apostar em estender o horário de atendimento (caso seja possível) e claro, motivar sempre a equipe. Agradecer os colaboradores pelo empenho traz um ambiente ainda mais saudável e ajuda o comércio a bater metas obtendo resultados até mesmo não esperados.

*Entrevista cedida para alunos do curso de ‘Comunicação Social: Jornalismo – 6° período’ da Faculdade Pitágoras | BH/MG. 

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