Comércio de Belo Horizonte registra queda de 8,83% nos sete primeiros meses do ano



Desaceleração do setor está diretamente ligada ao fechamento
do setor e aos impactos causados pelo isolamento social

O desempenho do comércio de Belo Horizonte acumulou queda de 8,83% em 2020 (janeiro a julho), quebrando a tendência dos últimos dois anos. Essa diminuição do indicador de vendas é consequência direta da pandemia de coronavírus, que provocou o fechamento do setor por mais de quatro meses e também dos impactos causados pelo isolamento social. No acumulado dos sete primeiros meses de 2020 comparado com o mesmo período do ano passado, os setores que amargaram maior retração foram Informática (-9,98%) e Veículos e Peças (-9,33). Os dados fazem parte da pesquisa “Termômetro de Vendas”, realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

Na comparação anual (Julho 2020/Julho 2019), o desempenho do comércio da capital registrou uma desaceleração de 3,15%. Fatores como o comércio fechado, queda dos rendimentos da população, aumento do desemprego e a incerteza decorrente da pandemia vêm contribuindo para as quedas nas vendas na comparação anual desde o início da pandemia (março de 2020). Os segmentos que apresentaram maiores desacelerações foram: Papelaria e Livraria (-7,26%) e Vestuários e Calçados (-6,28%), em contrapartida os segmentos de Supermercados e Drogaria e Cosméticos apresentaram crescimento, respectivamente 1,61% e 0,18%. O indicador do acumulado dos últimos 12 meses (Ago.19-Jul.20/Ago.18-Jul.19) também registrou desaceleração de 3,87%.

No acumulado mensal (Julho 2020/Junho 2020), o indicador de vendas da capital mineira apresentou uma queda de 1,67%. A etapa de controle de funcionamento das atividades, quando somente os serviços essenciais estavam funcionando, fez com que o desempenho mensal do comércio retraísse. Os segmentos que apresentaram maior queda foram Vestuários e Calçados (-4,39%) e Papelaria e Livraria (-3,22%).

Para o presidente em exercício da CDL/BH, José Angelo de Melo, os impactos podem ser ainda mais negativos, caso a pandemia dure mais tempo.  “Apesar de todos os esforços do setor, o comércio vem amargando grandes prejuízos causados pela pandemia. Podemos sofrer impactos ainda mais intensos caso essa crise sanitária perdure por muito tempo”, disse. “A CDL/BH se esforça diariamente para ajudar o lojista a enfrentar essa crise e ter menos impacto, mas sabemos que não depende somente de nós. Esse esforço precisa ser de todos. Por isso, a necessidade de conscientização da população, dos lojistas e dos seus funcionários em seguir todas as normas de higienização. Só assim conseguiremos manter o comércio aberto e tentar amenizar os prejuízos”, finaliza.

A pesquisa “Termômetro de Vendas” da CDL/BH é realizada mensalmente e avalia os seguintes segmentos do comércio: drogarias, perfumes e cosméticos; máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças; veículos e peças (novos e usados); supermercados e produtos alimentícios; tecidos, vestuários, armarinhos e calçados; ferragens, material de construção e elétrico; papelaria e livrarias; informática e artigos diversos.

Total
0
Shares
Deixe um comentário
Próximo Artigo

Mais brasileira do que nunca

Artigo Anterior

CONFIRA 10 casos em que o auxílio de R$ 300 NÃO será pago

Relacionados