Dia da Educação: Hospitais Escola têm papel importante na formação de médicos, pesquisa e atendimento à população

Imagem: blog.imotbh.com.br.


Em tempos de pandemia, demanda e atuação de profissionais de saúde se destacam; residência é fundamental para desenvolvimento profissional

Mais de 180 mil novos médicos começaram a atuar no Brasil ao longo dos últimos 10 anos. Isso representa um aumento de 118% dos profissionais, segundo  estudo Demografia Médica 2020, realizado pelo Conselho Federal de Medicina. São profissionais que tiveram a atuação e o reconhecimento reforçados com a pandemia do coronavírus. O constante aumento de casos de Covid-19 e as peculiaridades da doença mostraram a importância da excelência na formação e da dedicação às pesquisas – momentos em que instituições de saúde e de educação se unem.

Para o coordenador médico do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), José Rodriguez, uma parte fundamental da formação médica é o período de residência. Segundo ele, é com essa experiência que os novos profissionais podem aprofundar os conhecimentos na área médica e ter contato com o dia a dia de um hospital. “Uma boa formação médica faz toda a diferença, principalmente com o momento demandando mais profissionais da saúde. Sendo assim, profissionais qualificados são cada vez mais cobrados pela sociedade e a principal forma de preparar esse profissional é por meio da residência. É importante não só formar médicos, mas ter a certeza de que eles terão uma boa oportunidade para se aprofundar nos conhecimentos”, afirma.

Para o atual diretor geral dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Alvaro Luis Lopes Quintas, a residência foi uma experiência fundamental na sua trajetória na medicina. Com 20 anos de carreira no Cajuru, Alvaro conta que teve a primeira experiência profissional no hospital como estagiário e, em seguida, como residente no ano de 1999. “A residência médica é o momento em que o profissional da saúde desenvolve as habilidades para se tornar um especialista. Comecei como residente no HUC no final da década de 90 e muitos dos meus atuais colegas de trabalho faziam parte da minha turma. São eles que tocam boa parte do serviço, tanto aqui no Hospital Universitário Cajuru quanto no Hospital Marcelino Champagnat. Tenho muito orgulho da minha turma de residência, da época”, diz.

Demanda na pandemia

Desde o início da pandemia, o Cajuru passou a atender a maioria dos casos clínicos e de trauma de Curitiba e região, enquanto outros hospitais se tornaram referência no tratamento da Covid-19. Com atuação 100% SUS, ao longo de 2020, mais de 119 mil atendimentos foram realizados no hospital universitário. 50% deles foram casos de trauma acompanhados por profissionais da ortopedia. Cirurgias gerais representaram 20% dos atendimentos e a neurologia, outros 10%, além das emergências – especialidades que estão entre as 24 carreiras para residência médica no hospital. Em 2020, a residência em anestesiologia do Cajuru ficou em primeiro lugar no Paraná no exame de progressão, com  a maior nota do estado.

E, com esse papel de unir formação, atendimento à população e pesquisa, os hospitais universitários têm mostrado papel fundamental nesse momento de pandemia. É nesses ambientes que os estudantes têm os primeiros contatos com a rotina dos hospitais e também desenvolvem suas construções de novas descobertas com os estudos de casos. O Hospital Universitário Cajuru, por exemplo, faz parte do Grupo Marista e é vinculado à PUCPR, além de ser uma instituição sem fins lucrativos que possui convênio somente com o Sistema Único de Saúde (SUS). A comunidade ainda é beneficiada com o apoio ao ensino e às pesquisas científicas desenvolvidas em parceria entre universidade e hospital. O Cajuru recebe estudantes de medicina anualmente e, para se tornar um residente médico da instituição, é necessário realizar um concurso.

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