Como a ciência pode ajudar as empresas a saírem da crise e venderem mais



A localização da padaria no supermercado, a música de fundo de uma loja de moda num shopping famoso, os preços terminados com R$ 0,99, as vitrines com modelos interagindo com outros acessórios (motos, bicicletas,etc), a disposição de produtos nas gôndolas do mercado, as cores das embalagens dos produtos, tudo, absolutamente tudo com um único objetivo, alcançar o tão estimado bolso do cliente. Em tempos de crise, cada vez mais desejado.

Para isso as grandes marcas tem utilizado com sucesso as técnicas de neuromarketing, que consiste em utilizar técnicas de neurociência no âmbito do marketing com o objetivo de influir na decisão de compra dos clientes explica Humberto Mingoranze que trabalha com neuromarketing digital. As pesquisas sobre o comportamento do consumidor são realizadas em laboratórios especializados, com os clientes conectados a equipamentos que medem a atividade cerebral, diante de situações de consumo.

Os estudos do Neuromarketing são contundentes e as descobertas aplicadas na prática geram resultados ótimos para as empresas. Com as pesquisas foi identificado que 95% das decisões de compra são inconscientes, nosso cérebro trabalha a maior parte do tempo no modo automático, portanto a publicidade deve induzir o cliente e não fazer questionamentos é preciso manter o cérebro numa situação favorável para a compra.

Outros estudos indicaram dados interessantes, por exemplo, as embalagens de cigarro com pessoas doentes, não criam aversão ao fumo, pelo contrario em 50% dos fumantes a imagem de uma pessoa doente, ativa uma área de cérebro ligada ao prazer de correr risco, sensação similar que um pára-quedista sente ao pensar em pular de uma avião, ou seja, sente vontade de fumar e não o contrário.

Outro resultado importante das pesquisas é quanto ao contexto da propaganda, a questão queria entender como o cliente percebe a marca, descobriu-se que somente expor a marca, num banner ou parede não faz quase efeito, mas se expor pessoas usando a marca, consumindo, ou interagindo com o produto ou serviço, gera muito mais empatia e consumo. Isso se deve ao estudo do neurônio espelho, uma capacidade do ser humano de copiar comportamento.

Quanto ao cheiro os estudos indicam a importância para o momento do consumo, sobretudo em alimentos, certos tipos de aromas propiciam o consumo, o cheiro de baunilha, aumentou a compra de alimentos de um supermercado no Texas em 30%. O cheiro é muito importante para criar uma experiência com a marca, a velocidade que o cheiro atinge nossos cérebros é maior que uma imagem, e ativa uma região do cérebro ligada a emoção, assim cria-se com mais eficácia uma relação com o produto/marca.

A questão principal é como as pequenas e médias empresas podem se beneficiar dessas descobertas? Segundo o consultor Humberto Mingoranze as universidades e cursos no Brasil ainda não estão prontos para o neuromarketing e muitos profissionais de marketing não conhecem a matéria. O caminho é buscar a informação em livros especializados e direcionar o marketing da marca para o neuromarketing, quem iniciar primeiro o projeto irá aprender mais rápido e terá melhores resultados no longo prazo, afirma o especialista.

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