Disputa eleitoral começa pra valer nesta terça-feira (16) com 11 candidatos à PBH



Com o fim do prazo para o registro de candidaturas, às 19h desta segunda-feira (15), fica oficialmente aberto, a partir desta terça-feira (16), o período de campanha eleitoral por todo o país. Sem verbas de empresas e com tempo reduzido para grandes ações, as saídas encontrada pelos candidatos vão desde as tradicionais caminhadas até o “empréstimo” de casas de apoiadores, que irão se transformar, nos próximos dias, em uma versão mais econômica dos antigos comitês.

A propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão só começa no dia 26, mas, até lá, os candidatos nas disputas pelos cargos de prefeito e vereador vão ter que usar toda criatividade para levar aos eleitores suas propostas e projetos.

Para entender as ferramentas e estratégias que serão priorizadas nestes 45 dias de campanha, a reportagem de O TEMPO conversou com os 11 candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. Em comum, eles citam apostas no corpo a corpo e também na interação com os eleitores por meio das redes sociais.

O deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB) afirma que vai priorizar um plano de governo “didático, com linguagem clara e acessível” sobre suas propostas. “O plano de governo é técnico, baseado no diagnóstico dos problemas e em dados estatísticos e históricos, mas é preciso que a população compreenda exatamente como ele vai solucionar os problemas da cidade”, afirma.

Pacheco conta que atuará nas redes sociais, através de instrumentos próprios do Facebook e do Instagram, mas quer, prioritariamente, estar presente na rua ouvindo a população. “Mesmo sendo um período curto, vamos fazer caminhadas, visitar entidades, vilas e favelas”, promete.

Com um conceito de campanha mais barata e “compartilhada”, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) ressalta que as ações de sua equipe vão resultar nas casas de apoio, que, em referência à candidata a vice Jô Moraes, receberão o nome de “casas da Jôzinha e do Manchinha”. A expectativa da chapa é conseguir até 10 mil casas. “Vou caminhar, vou para os pontos de ônibus às 5 horas da manhã, vou visitar metrô, chão de fábrica. Se tiver cinco pessoas querendo ouvir na rua, nós vamos falar. Serão muitas rodas de conversa, muito diálogo, nada de discurso, nada de palanque. O eleitor está acima dos candidatos”, detalha Lopes.

A candidata Maria da Consolação (PSOL) também aposta em encontros nas casas de apoiadores. “As pessoas chamam os amigos, a família, e a gente discute e fala das nossas propostas”, diz. Segundo a candidata, sua chapa também deve priorizar a panfletagem de materiais com resumos das principais propostas de governo.

O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PR) é outro que promete uma campanha com custo reduzido. “A gente não vai entrar nesse gasto milionário de campanhas porque nós trabalhamos de forma correta. Não teremos nenhuma atitude que venha a ferir qualquer ética ou legislação eleitoral”, ressaltou. “Será uma campanha propositiva, de rua. Vou andar pelas nove regionais, como tenho feito nos últimos quatro meses, levando nossa proposta de um novo jeito de ver BH, mostrando que é preciso e é possível mudar mais”.

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) também vai apostar na rua: “Vamos fazer caminhadas, conversar com comerciantes, lideranças comunitárias e ouvir o cidadão diretamente. Vamos visitar as pessoas e ouvir o que estão clamando, para que isso possa nortear não só as propostas do nosso plano, mas, efetivamente, o exercício (do mandato)”.

Outra etapa

No limite. Com o cenário das eleições ainda bastante pulverizado na capital, a maioria dos postulantes à vaga do prefeito Marcio Lacerda deixou para última hora o registro de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral. Dos onze candidatos, quatro fizeram o registro neste fim de semana, e quatro, na última sexta-feira.

Regras. A partir desta terça-feira (16), as candidaturas podem ser promovidas por meio da propaganda de rua. Há, porém, algumas ações vetadas na campanha.

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