Expressionismo, arte pessoal e
intuitiva são marcantes
na mostra; exposição fica em cartaz
até 8 de junho na Galeria
da Assembleia
Por Felipe de Jesus/Grupo Balo
[dropcap size=big]C[/dropcap]om olhar diferenciado e atento, a artista plástica Lila Handam, traz toda sua maestria na exposição “Dimensões”, que fica em cartaz até 8 de junho (segunda a sexta das 8h às 18h) na Galeria de Arte do Espaço Político Cultural Gustavo Capanema (Rua Rodrigues Caldas, 30 – Santo Agostinho). Sua mostra chama atenção pelas cores fortes e ao mesmo tempo singelas e leva o público ao imaginário surrealista com suas belas esculturas. Amigos e convidados especiais estiveram presentes na vernissage, realizada na última terça-feira (22).As pinturas de Lila Handam são em óleo e acrílica sobre tela, já as esculturas feitas com platilina e bronze e algumas em cerâmica. De acordo com Lila Hamdan, sua mostra por completo tem como proposta expor uma arte pessoal. “Essa escola tem a proposta de mostrar uma arte pessoal e também intuitiva, na qual predomina a minha visão interior sobre a natureza e também sobre o ser humano. Essa é a chave principal da Mostra Dimensões”.
Para Zanne Neiva, que foi professora de Lila Handam nas artes plásticas, esteve presente na vernissage. “É um trabalho inusitado, espetacular por que a Lila tem todo o cuidado de fazer o contraste do amarelo com o preto, o azul com o amarelo, ou seja ela trabalhou muito bem. Os seres que ela coloca no trabalho é de uma maravilha sem precisão de tão bonito que é! As esculturas são lindas e o ponto de equilíbrio delas é demais. O trabalho é incrível e tenho muito orgulho de ver que sua arte cresceu. Ela está preparadíssima para o mercado de arte. Totalmente madura. Que orgulho!”, diz.
Basta andar pela galeria para perceber que as características pessoais e intuitivas de Lila Handam estão expostas em seu trabalho. Além das telas, as esculturas chamam atenção pelo seu “expressionismo”, algo bastante marcante, como exemplo, a escultura Dimensões I e II, que intitulam sua mostra. Além delas, Velhice e A Sociedade que em sua forma demonstra a escalada das diversas classes sociais. Já a escultura A Mãe, traz também uma imensa sinergia e ao mesmo tempo paz entre as demais esculturas que simbolizam a liberdade que Lila Hamdan faz questão de exaltar.
De acordo com a artista, o que ela mais aprecia é a reação do público com a sua obra, as descobertas e as diferentes sensações que ela provoca em cada um, por isso o seu forte é a busca incesante pelo novo em seu trabalho. Para ela, o mais interessante é ter o olhar do público sem nada definido. “Não quero que quem observa minha arte venha com uma concepção, uma titulagem ou o enquadramento num estilo. Gosto do indefinido, da descoberta, e em minhas obras eu busco a pesquisa por formas variadas de expressão, mesmo mantendo uma certa unidade plástica”, explica.