Ciro Gomes promete intensificar esforços federais contra o crime




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“Quem tem sensibilidade com a agenda do povo tem que fazer alguma coisa na segurança pública”, disse Ciro ao participar, em São Paulo, de um evento organizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Ex-governador do Ceará, o candidato trabalhista disse que as facções criminosas assumiram o controle de parte das principais cidades brasileiras. “Hoje, o grande crime são as facções criminosas, que estabeleceram o terror nas periferias de todas as cidades”, disse Ciro Gomes.

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“Por que a polícia local não resolve o problema? Porque o policial é um trabalhador; tem renda de trabalhador e, portanto, a família dele vive nas periferias. Então, para sobreviver, ele tem que estabelecer um certo pacto de convivência com o [quadro de] terror que a facção estabeleceu [no local]”, disse Ciro, reconhecendo que, nesse contexto, “uma fração” dos agentes públicos acaba se corrompendo.

“Mas [o problema] não é este, e sim que [parte dos policiais] precise fazer este pacto [de convivência]”, disse.

“Só quem tem capacidade de enfrentar isso é uma instituição de fora, ou seja, o poder central [o governo federal]. Por isso, vou federalizar o enfrentamento [em todas as instâncias: Polícia Federal; Ministério Público Federal; Justiça Federal e penitenciárias federais. Passa a ser federal o enfrentamento do crime organizado, da facção criminosa, do narcotraficante, do contrabando de armas”, explicou Ciro Gomes.

“Para fazer isso, tenho que mudar o Orçamento e a lógica das polícias. O financiamento, [consigo] com a revogação do teto de gastos. E [a mudança da lógica] introduzindo tecnologia e inteligência de forma massiva [no sistema operacional]. Modernamente, não se faz segurança entrando em favelas atirando para todos os lados. É preciso monitorar a movimentação de dinheiro”, acrescentou Ciro.

“Assim [federalizando o combate ao crime organizado], eu vou na causa substantiva da violência. E a violência difusa, esta que assusta a classe média brasileira e todo mundo, o assalto, este não terá saída se não matarmos no nascedouro a grande fonte do crime, que são estas organizações criminosas”, disse o candidato.

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