Silvio Almeida propõe alianças contra problemas comuns a países da ONU




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O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, propôs nesta segunda-feira (27) à Organização das Nações Unidas (ONU) alianças com foco em problemas comuns a diversos países, para saírem do que classificou de “encruzilhada histórica”. Ele também pediu apoio à candidatura do Brasil ao Conselho dos Direitos Humanos, no mandato de 2024 a 2026.

“Tenho a certeza de que meu país e o mundo encontram-se em encruzilhada histórica. Sinto que é chegado o momento de sarar as feridas, transpor abismos e construir. É com esse sentimento que venho dizer que o Brasil voltou de uma nova forma para um novo tempo”, disse o ministro em Genebra, na Suíça, onde participa da 52ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Silvio Almeida na ONU
Silvio Almeida na ONU

Ministro dos Direitos Humanos discursa na ONU, em Genebra – Violaine Martin/ONU

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As parcerias propostas pelo ministro têm quatro eixos principais: a sobrevivência do planeta, a vida digna e decente, o direito ao desenvolvimento e contra o ódio.

“Temos plena consciência de que, mesmo trabalhando com todas as nossas capacidades, precisamos do mundo. Por isso, proponho a este conselho, quatro alianças necessárias”, acrescentou. “A primeira delas é a aliança pela sobrevivência. Lideranças Yanomami têm advertido que estamos diante ‘da queda do céu’. Saibamos ouvir esse chamado e redobrar nossos esforços por modos de vida que nos permitam viver em paz com nosso planeta”, disse.

A segunda aliança, disse Almeida, seria por uma vida decente e digna: “precisamos não só erradicar a pobreza, mas também promover a dignidade no trabalho e do lazer. Mesmo aqueles que se acham privilegiados vivem hoje inseguros e adoecidos por um modo de produzir e distribuir riquezas que não deixa vencedores”.

Para o ministro, a terceira aliança entre os países seria pelo direito ao desenvolvimento. “Os povos amefricanos [em referência aos povos da América e da África] e de todo o sul global precisam reinventar o direito ao desenvolvimento, para que este penetre definitivamente na gramática das lutas populares da periferia do capitalismo”.

“A quarta e última aliança é a aliança contra o ódio. Nossos países assistem perplexos à rápida propagação de discursos de ódio baseados no racismo, na xenofobia, no sexismo da LGBTfobia. A extrema direita e o fascismo crescem e articulam-se por meio de redes que não conhecem fronteiras. É nossa missão fazer com que o amor, a solidariedade e a paz também não conheçam fronteiras”.

Silvio Almeida finalizou o discurso pedindo apoio à candidatura brasileira a uma vaga no conselho de Direitos Humanos para o mandato de 2024 a 2026. “Peço apoio dos países aqui presentes para que possamos contribuir de maneira renovada com a promoção dos Direitos Humanos em todos os lugares e para todos os povos”.

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