Loiro e liso sem danos: Juliana Ferraz revela o segredo por trás da técnica que combina alisamento e descoloração com segurança



Referência internacional, a especialista em loiros criou um protocolo que preserva o brilho, a força e a saúde dos fios

Durante muito tempo, a ideia de unir descoloração e alisamento no mesmo cabelo foi considerada arriscada. Para muitos profissionais da beleza, aplicar dois processos químicos tão potentes em um mesmo fio era quase sinônimo de quebra, ressecamento e corte químico. E, de fato, sem os cuidados certos, essa combinação pode comprometer seriamente a estrutura capilar.

Ainda assim, o desejo por fios loiros e lisos continua presente entre muitas mulheres. O que muda, ao longo dos anos, é o nível de informação. Hoje, mais do que resultados rápidos, as clientes querem segurança, orientação e soluções duradouras.

“É muito comum a cliente sentar na cadeira já sabendo que essa combinação é delicada, mas sem entender exatamente o porquê. Elas não querem mais milagres. Elas querem alguém que saiba como fazer direito, com responsabilidade”, afirma Juliana.

 

 

Cabeleireira com mais de 20 anos de experiência, Juliana Ferraz atua entre Brasil e Estados Unidos e se especializou justamente em transformar procedimentos complexos em processos seguros e eficazes. À frente do Juliana Ferraz Beauty Salon, em Orlando, ela desenvolveu um protocolo próprio que respeita a fibra capilar em todas as etapas, conciliando alisamento e descoloração de forma estratégica.

A descoloração, por si só, já exige atenção. Para clarear os fios, o produto precisa abrir as cutículas e remover o pigmento natural que está na parte interna do cabelo, o que enfraquece a estrutura e deixa o fio mais poroso. Quando esse processo é combinado ao alisamento, que altera quimicamente a forma do fio, o risco de quebra aumenta bastante. “Sem uma preparação adequada e a escolha certa de produtos, pode causar danos difíceis de reverter”, comenta. 

Para evitar esse cenário, ela desenvolveu um método que analisa o histórico químico da cliente, o estado atual dos fios e o resultado desejado antes de qualquer aplicação. O cronograma de execução é planejado com base nessas variáveis. Em muitos casos, ela opta por espaçar os procedimentos ou preparar o fio com tratamentos específicos antes de iniciar a transformação.

“O que funciona para um cabelo pode ser desastroso para outro. Por isso, o segredo está na personalização. Eu desenvolvi um protocolo técnico e seguro que considera não apenas o resultado estético, mas principalmente a integridade do fio. É possível ter um cabelo loiro e liso, sim, desde que o processo seja conduzido com responsabilidade”, reforça.

 

 

O protocolo faz parte da Dream Hair Methodology, um conjunto de técnicas criado por Juliana que une colorimetria avançada, produtos de alta performance e etapas de recuperação e manutenção capilar. O objetivo não é acelerar o processo, mas garantir que o resultado seja duradouro, saudável e visualmente sofisticado.

No salão, esse cuidado é percebido desde o contato inicial. Muitas clientes chegam após passarem por experiências negativas com alisamentos mal aplicados ou loiros que não resistiram à química. Para Juliana, recuperar a saúde dos fios e reconstruir a confiança da cliente faz parte do propósito do trabalho. “Tem mulher que chega desacreditada. E quando ela vê o próprio cabelo saudável de novo, com brilho e movimento, é como se ela voltasse a se reconhecer”, relata.

A metodologia, que vem despertando o interesse de outros profissionais da área, tornou-se referência entre brasileiras, americanas e latinas que buscam transformações completas e seguras. Ao desenvolver um protocolo que respeita os limites do fio, Juliana contribui para uma nova forma de olhar para os procedimentos químicos: mais consciente, cuidadosa e centrada na saúde capilar a longo prazo.

 

“Mais do que entregar um resultado bonito, meu objetivo é que cada cliente se sinta segura durante todo o processo. Cuidar do cabelo é, acima de tudo, cuidar da história e da autoestima de quem está ali na cadeira”, finaliza Juliana.

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