Com formação internacional e foco em inteligência emocional, a terapeuta explica como unir técnica e escuta pode ajudar a identificar padrões e construir caminhos mais autênticos
Nos últimos anos, a busca por abordagens terapêuticas mais humanas e abrangentes cresceu de forma visível e cada vez mais pessoas procuram métodos que não se limitem a tratar sintomas isolados, mas que levem em conta o corpo, a mente, a história e os padrões de comportamento que moldam a vida de cada indivíduo. Cristiane Esteves é uma das profissionais que se destacam nesse movimento ao unir conhecimento técnico, escuta sensível e intuição em uma prática integrativa que considera a totalidade do ser humano.
Sua história nessa área começou cedo, quando aos 12 anos fez seu primeiro curso voltado ao estudo da mente humana, em 1982, guardando até hoje o certificado como marco inicial de uma trajetória que nunca mais se afastaria do desejo de compreender pessoas. Ainda menina, já passava horas observando comportamentos cotidianos, reparando em como porteiros mudavam a postura quando alguém passava, como babás interagiam com as crianças, como adolescentes se transformavam na presença de colegas, ou como clientes tratavam garçons e manobristas em restaurantes. Essa atenção minuciosa foi se refinando ao longo dos anos e se transformou em uma escuta terapêutica rara, capaz de perceber não apenas o que é dito, mas também os silêncios, os gestos e as entrelinhas.
Apesar dessa vocação precoce, seu caminho profissional começou distante desse universo. Cristiane cursou Economia na FAAP e trabalhou no mercado financeiro, encantada pela lógica dos números e pela disciplina das planilhas, mas logo percebeu que aquele ambiente não correspondia à sua verdadeira vocação. No último semestre, decidiu abandonar a graduação e mergulhar definitivamente nos estudos sobre o comportamento humano, dando início a uma formação robusta que hoje abrange certificações internacionais pela Graduate School of Master Coaches, pelo International Coaching Council (ICC), pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), além de especializações nacionais em áreas como EFT, inteligência emocional, filosofia com Mario Sergio Cortella, programas de imersão com Tony Robbins e cursos de parapsicologia no Pro Vida Integração Cósmica.
Essa base acadêmica e vivencial se consolidou em uma atuação marcada pela abordagem integrativa, em que corpo, mente e emoções são vistos como dimensões inseparáveis. Para Cristiane, não se trata apenas de resolver uma queixa pontual, mas de ajudar a pessoa a enxergar os caminhos que repete e os que pode reconstruir com autenticidade. “Não dá mais para separar o emocional do físico, nem tratar o comportamento sem olhar para o que está por trás. A dor de hoje muitas vezes carrega histórias antigas que a pessoa nem percebe que estão ali”, explica.
Sua proposta envolve ferramentas como mapeamento de perfil comportamental, constelações sistêmicas integrativas, exercícios de consciência emocional e práticas de meditação, mas o centro de tudo continua sendo a escuta. “Muitas vezes, a questão central não está onde a pessoa imagina. O que parece um problema prático pode estar ligado a padrões emocionais antigos, expectativas herdadas ou formas inconscientes de se proteger”, comenta. Para ela, provocar reflexão com respeito e sem pressa é o que realmente abre espaço para transformação.
Essa forma de trabalhar reflete seu estilo de comunicação, que é direto quando necessário, mas essencialmente reflexivo e profundo, pois acredita que o valor da terapia não está em oferecer respostas prontas, mas em ajudar o outro a formular melhores perguntas. “A transformação começa quando a pessoa se sente autorizada a ser quem é. Sem cobrança, mas com coragem de se olhar de forma mais honesta”, afirma.
O público que mais procura Cristiane é formado por mulheres em transição, muitas vezes lidando com o chamado ninho vazio, adolescentes em busca de propósito e adultos que desejam se reconectar com sua essência. Em todos esses contextos, sua escuta atenta funciona como diferencial, confirmando o que sempre foi seu carro-chefe: a capacidade de observar e compreender o outro em profundidade.
Para Cristiane, a terapia integrativa é antes de tudo uma forma de estar com o outro, um exercício contínuo de escuta, presença e respeito, e em tempos marcados pela pressa e pelo excesso de ruído, talvez o maior diferencial de um processo terapêutico seja justamente criar espaço para que a pessoa se escute de verdade. Esse é o compromisso que ela continua compartilhando em seus canais digitais, onde fala sobre propósito, inteligência emocional, relações humanas e escolhas de vida, sempre em uma linguagem acessível e provocadora que convida à reflexão e ao autoconhecimento, mas sem expor casos de pacientes ou situações clínicas, já que considera que preservar essa confidencialidade é parte inseparável de sua ética profissional.