Vacina contra Covid 19 traz esperança ao país, confira principais mitos que circulam sobre o imunizante



Informação neste momento é importante para conscientizar sobre a vacinação

O anúncio da vacinação no Brasil, ainda no mês de dezembro, veio para acalmar e trazer esperança a milhares de brasileiros.

A vacina contra a Covid 19, que vem sendo desenvolvida por diversos laboratórios ao redor do mundo, traz muitas dúvidas à cabeça das pessoas, pois o desconhecimento de muitos acerca da importância da vacinação deixa alguns até mesmo sem saber se vão ou não tomá-la.

Porém, a vacinação em geral é algo muito importante, já que ao se vacinar, você garante imunidade às doenças e não possui o risco de contaminar outras pessoas, o que pode ocasionar resultados fatais. “Uma conscientização sobre a vacinação em massa, para que a população geral entenda seus benefícios, como a redução da mortalidade pela doença e a diminuição do número de internações é de extrema importância para deixar a nação protegida e livre desse vírus mortal”, afirma o médico clínico geral Luís Gustavo Trindade.

Mas os mitos sobre a vacina circulam a todo tempo, sobretudo nos grupos de aplicativos de mensagens na internet, que envolvem principalmente os efeitos adversos do imunizante e sua eficácia.

Uma das principais é acerca da eficácia da CoronaVac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, que está sendo distribuída no Brasil.Com uma taxa de eficácia de 50,38%, um pouco acima do percentual mínimo estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), circula a ideia de que a “vacina chinesa” não seria tão segura quanto as outras.

Pesquisadora do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE), a cientista Ana Brito explica que eficácia e segurança são dois conceitos distintos. “A segurança de uma vacina é medida pela capacidade que ela tem de não colocar em risco a saúde da população e é calibrada nos ensaios clínicos 1 e 2. Todas as vacinas em uso estão no ensaio clínico 3 ou já passaram dessa fase. A eficácia é a capacidade de induzir uma proteção”, diz. “A CoronaVac foi testada em um ensaio com mais de 13 mil pessoas. Uma taxa de 50% significa que ela é capaz de proteger 50% das pessoas que a tomaram para qualquer forma da doença, desde a assintomática até a grave. E 78% não desenvolveram nenhuma forma grave ou moderada. Nenhuma evoluiu para o óbito ou precisou do atendimento especializado”. (Fonte: Folha de Pernambuco).

Nos grupos de aplicativos de mensagens, os mitos são sobre os efeitos adversos dos imunizantes. O mais famoso diz que a vacina vem com chips manipuladores e pode causar câncer e AIDS, além de alterar o DNA humano, afirmações sem qualquer fundamento científico.

“Em geral, qualquer produto farmacêutico pode gerar reações ao organismo. Para tudo isso, há protocolos para lidar com esses casos, mesmo que os considerados fatais ainda sejam considerados raros.”, pontua Luís Trindade.

Mas uma coisa deve ser lembrada: mesmo que não haja motivos para medo, não se deve esperar que a vacina traga a vida normal de volta imediatamente. A vacinação é uma medida de proteção coletiva, então, ainda é necessário ter o máximo de pessoas vacinadas para que o vírus não tenha mais ninguém para atingir.

Existem casos especiais de pessoas que não possuem condições de receber a vacina no momento, como as gestantes e pessoas com alergias crônicas. Mesmo assim, elas ainda estarão protegidas, já que o vírus não circulará entre as pessoas que tomaram a vacina.

TRATAMENTO PRECOCE, CUIDADO !

Na última quinta-feira (21), o aplicativo TrateCov, criado pelo Ministério da Saúde, saiu do ar, pois indicava o tratamento precoce contra a Covid 19, com o uso de medicamentos como cloroquina, ivermectina e azitromicina. O aplicativo tinha o objetivo de ajudar médicos no diagnóstico e enfrentamento da doença, mas podia ser baixado por qualquer pessoa.

O tratamento precoce com estes medicamentos já foi desmentido por infectologistas, que afirmam que a medida não é efetiva. O diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Estevão Urbano, afirmou no mesmo dia à imprensa que os estudos mais robustos mostram nenhum benefício ou consequências negativas desse uso, e que algumas pessoas vendem ilusões, com desonestidade intelectual.

Fonte: Luís Gustavo Trindade é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Especialista em Clínica Médica pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) no Hospital João XXIII. Possui título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Possui especialização em transplante renal e transplante pâncreas-rim pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atualmente faz parte do corpo clínico da Rede Mater Dei de Saúde.

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