Gestantes precisam redobrar cuidados para evitar trombose



Especialista revela formas de combater o problema e possíveis sintomas da doença

A gestação é um momento que exige atenção e cautela em relação à saúde tanto da mãe quanto do bebê. Um problema que pode acometer as mulheres durante a gravidez é a trombose. “O risco de tromboembolismo venoso (TEV) na gestação é 4 a 16 vezes maior (risco absoluto 0.1%) do que nas mulheres não gestantes. O predomínio dos fenômenos tromboembólicos ocorre no final da gestação e no puerpério, que são 45 dias após o parto. A causa desses fenômenos é pela diminuição dos fatores anticoagulantes naturais e aumento dos fatores pró-coagulantes”, explica a angiologista Marina Fonseca.

É importante que a mulher fique atenta em relação a alguns sintomas, pois podem indicar a ocorrência da trombose. “Os sintomas mais comuns são dor e edema súbito em um dos membros inferiores, principalmente do membro inferior esquerdo. No lado esquerdo ocorre com maior frequência porque há uma compressão anatômica da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita, aumentando a incidência de trombose. A doença gera edema de perna e coxa e é bastante desconfortável”, evidencia.

Com a pandemia do novo Coronavírus, é fundamental que os cuidados para evitar a contaminação sejam redobrados, pois dentre as possíveis sequelas da Covid-19 está a trombose.

Precauções e tratamentos 

Alguns fatores podem aumentar ainda mais o risco da doença em gestante, logo, é preciso tomar alguns cuidados para os evitar. “É recomendado o tratamento de varizes antes da gestação, perda de peso, suspensão do tabagismo, pesquisa de trombofilias em pacientes que tiveram trombose sem fator de risco evidente”, enumera Marina.

Para aquelas que desenvolvem o problema durante ou após a gestação, é necessário tratar o quanto antes. Além disso, o tratamento não traz riscos ao bebê. “É realizado com heparina de baixo peso molecular, que não atravessa a barreira placentária, e por isso não é teratogênica, podendo ser usada durante toda a gestação e no pós-parto durante o aleitamento materno”, finaliza.

Fonte: Marina Fonseca, médica angiologista e especialista em cirurgia vascular. Atua em consultório próprio, em Belo Horizonte (@dramarinafonseca). 

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