Confira dicas para utilizar o produto corretamente e evitar riscos
Além de água e sabão, o álcool em gel também é indicado para combater o novo coronavírus. Apesar de o produto ter a capacidade de evitar a propagação do vírus, uso do álcool de forma inadequada pode ser um risco a saúde.
Segundo a Sociedade Brasileira de Queimados, após o início do isolamento social no Brasil os casos de queimadura se intensificaram no país. O cirurgião plástico Raiff Araújo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que utilizar o produto sem conhecimento é arriscado. “Isso não quer dizer que as pessoas devem parar de usar o álcool. Quando não há sabão e água por perto, ele é o principal aliado no combate a Covid-19. O ponto principal é lembrar que ele dever ser utilizado com cautela”, destaca.
O médico indica que o primeiro passo é analisar a composição na embalagem e as instruções de uso. “Muitas pessoas ainda acreditam que o álcool em gel não é tão inflamável como o líquido. Isso é um mito e é preciso tomar cuidado com o local em que vai ser utilizado”, enfatiza.
Raiff orienta que a higienização deve ser feita longe da cozinha ou qualquer local que possua contato com fogo. “É muito arriscado utilizar o produto nesses ambientes, pois as chamas produzidas pelo álcool em gel são invisíveis e podem causar queimaduras graves”, alerta.
O que fazer em caso de acidente?
Caso ocorra a queimadura, a primeira atitude para evitar que as chamas se espalhem e causem um acidente ainda mais grave é colocar a região ou o corpo em baixo de água corrente. “A água deve ser preferencialmente fria e filtrada. Nunca coloque gelo ou qualquer outro produto químico. Além de causar mais dor, isso pode piorar o grau da queimadura. Lembre-se também de manter o local livre, sem qualquer tipo de tecido cobrindo”, recomenda.
Raiff orienta também que a procura por um médico só deve ocorrer em casos graves. “Procure atendimento caso surjam bolhas ou se a queimadura for extensa. Em episódios de queimadura superficial, o ideal é lavar apenas com água e evitar o uso de produtos químicos”, aponta.
Fonte: Raiff Araújo, médico cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).