Emagrecer sozinho é mais difícil?



Realizar dietas ‘milagrosas’ sem o devido acompanhamento médico ou apoio de outras pessoas pode influenciar saúde física e mental, diz especialista

De acordo com uma pesquisa realizada Sociedade Americana de Treinamento e Desenvolvimento, quando uma pessoa se sente comprometida com alguém em relação à algum objetivo, as chances de alcançá-lo sobe em mais de 65%. Quando o assunto é obesidade e emagrecimento saudável, a realidade é muito parecida.

Dr. Bruno Sander, gastroenterologista e especialista em tratamentos para obesidade, explica que um dos principais obstáculos relatados em consultório é exatamente a motivação para continuar emagrecendo de forma saudável. “Muitas pessoas escutam diversas críticas de pessoas próximas e de quem nem conhecem. Isso pode trazer uma carga emocional muito forte que prejudica todo o tratamento”, diz.

Dessa forma, muitos desistem de continuar os tratamentos ou buscam meios arriscados de tratar a obesidade ou sobrepeso. “A melhor dica para isso é sempre buscar pessoas que passam ou já passaram pela mesma situação. Em alguns casos, sempre indicamos grupos de apoio em que o paciente pode compartilhar sua experiência, aflições e conquistas”, declara.

Outro ponto importante também é a conscientização de familiares e pessoas próximas que também são uma importante força no tratamento da obesidade. “É importante que o paciente se sinta acolhido. Em casos em que o familiar possui alguma resistência ou preconceito, também incentivamos o acompanhamento psicológico familiar para que essa relação se torne melhor”, indica.

Falta de acompanhamento profissional é um risco

Se sentir sozinho na hora de tratar a obesidade também pode causar outros danos. O medo ou preconceito em buscar um médico pode alavancar o hábito de buscar dietas e soluções duvidosas para a doença. “Muitos se apegam aos relatos de outras pessoas da internet que utilizam determinado método e conseguiram emagrecer de forma muito rápida. O problema é que não levam em consideração se aquela informação realmente procede, se o indivíduo realmente sofria com a obesidade, além de não entender que cada um possui necessidades específicas, ou seja, o que funciona para um, pode não funcionar para outro”, completa.

Para evitar danos físicos e psicológicos causados pela obesidade, Bruno reforça que a melhor opção é sempre procurar um especialista. “Apenas um médico vai conseguir avaliar corretamente o caso, indicar o melhor tratamento, além de avaliar sua saúde mental para orientar na busca por grupos de apoio e demais necessidades”, garante.

Fonte: Bruno Queiroz Sander, médico cirurgião endoscopista, especialista em gastroenterologia e diretor do Hospital Dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte (RQE: 14270/32354/41292).

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