Pandemia causa aumento de endividamento para famílias brasileiras



Educador financeiro orienta sobre as formas de reverter a situação e evitar o maior número de inadimplência

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias com dívidas no Brasil atingiu o recorde em julho deste ano ao chegar no percentual de 67,4%. Esse é um número histórico causado, principalmente, pelas consequências da pandemia mundial do novo coronavírus.

Porém, segundo o educador financeiro Sílvio Azevedo, alguns outros motivos também estão ligados a esse alto índice. Entre eles, a falta de educação financeira desde a infância nos lares brasileiros alavanca a dificuldade que muitas famílias possuem em organizar o orçamento mensal. “Infelizmente, essa é uma realidade que ainda faz parte da cultura nacional e precisa ser repensada urgentemente. A pandemia evidenciou os riscos da falta de planejamento. Muitas pessoas vivem pensando apenas em necessidades do presente e não sabem como poupar corretamente, investir seus ganhos, traçar um plano e criar estratégias para conseguir lucrar em longo prazo. E o mais importante para momentos como o atual: não conhecem a importância de uma reserva financeira de emergência. Isso abala não só as famílias em si, como todo o sistema econômico do país”, alerta o especialista.

A falta de conhecimento em todos esses pontos, acabam criando um ciclo vicioso que contribui para o alto índice de endividamento. “Se não existe um planejamento adequado e uma reserva emergencial para cobrir gastos imprevistos, é normal que ocorra o aumento na taxa de inadimplência e a procura por crédito, principalmente em períodos de recessão econômica”, comenta.

Portanto, a melhor forma de evitar essa situação e se preparar melhor para o futuro, é investindo na educação financeira de qualidade. “Nunca é tarde para dar início a esse aprendizado. Comece pelo básico: planejamento de gastos, uma poupança para garantir um fundo de emergência, investimentos com responsabilidade, dentre outros. Além disso, passe esse conhecimento adiante, ensine a família a importância dessas características, saiba dizer ‘não’ quando necessário e analisar o que pode ser um investimento para o futuro”, orienta o educador.

Fonte: Sílvio Azevedo, administrador de empresas, com ampla experiência no setor bancário e consultoria, especialista em mercado e educação financeira. Membro do MDRT (Million Dollar Round Table). É diretor e fundador da AZV Investimentos (azvinvestimentos.com.br / Redes Sociais: @silviocazevedo).

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