O paraíso realmente é mais perto do que a gente imagina. A Vila Cocais se localiza a aproximadamente 80 km de Belo Horizonte, indo pela BR 381, no sentido Vitória. Pela estrada o acesso é mais fácil, mas há um caminho alternativo passando pela estrada de Caeté. É importante salientar que a partir de Caeté pega-se cerca de 30 km em estrada de terra mal conservada e, assim, a viagem demora cerca de 1 hora a mais, porém o visual é bem mais agradável. Como não sabíamos da existência da estrada de terra, pegamos esse destino. Saímos de Belo Horizonte às 07:30 e chegamos em Barão de Cocais às 10:00. Depois ainda são mais 10 km até o trevo da Vila Cocais e 4,5 km em estrada de terra até a cachoeira. Para acessar a estrada de terra que leva a cachoeira basta ir por trás do cemitério e depois por trás da Igreja Matriz.
Chegamos ao sítio onde a cachoeira se localiza às 10:20 e fomos logo começando nosso trekking. O acesso até a Cachoeira da Pedra Pintada é por trilha em mata com 1,5 km de extensão e não é muito difícil de chegar. Chegamos rapidamente, porém a quantidade de pessoas que estavam no lugar nos desanimou. Então, decidimos subir e explorar a região e não nos decepcionamos. A segunda queda é chamada de Cachoeira do Leão, as suas águas são frias e ela fica marcada por uma grande rocha em forma de leão, que dá o nome a cachoeira.
Ficamos lá por algum tempo e continuamos a subir, passando por trilhas em mata e rochas. Todo o caminho é cercado de belas paisagens e muita água, com pequenas quedas. Pudemos avistar muitas espécies de flores, incluindo uma bela bromélia. O mesmo se pode dizer da fauna: borboletas, aranhas, pássaros. Paramos em uma terceira queda e devido ao sol forte decidimos descer até a queda principal. É importante todos levarem filtro solar, pois tirando o 1,5 km inicial, todo resto é feito em trilhas a céu aberto.
Depois da descida técnica, tem que tomar cuidar cuidado com as pedras molhadas, o declive acentuado e o sol forte, chegamos a Cachoeira da Pedra Pintada. Características que devem se levar em conta na hora de decidir em ficar lá são: muitas pessoas (a maioria fica bebendo, fazendo churrasco e depredando a natureza) e o pessoal do rapel, que limita os banhos as menores quedas. Apesar disso, a cachoeira é simplesmente maravilhosa e deslumbrante. Ficar em frente a ela nos deixa atônitos. Depois de ficar por pouco apreciando o local, voltamos pela trilha (tomar cuidado, pois a volta é somente em aclive acentuado) e voltamos a Belo Horizonte e ao nosso louco mundo.
