80% das mulheres em idade fértil têm mioma uterino, diz pesquisa



Especialista explica principais dúvidas sobre o tema

Ao ouvir o termo “mioma”, muitas mulheres se preocupam com os riscos que esse problemas pode apresentar. Porém, de acordo com Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), este é o tumor benigno mais comum entre as mulheres e 80% delas apresentam essa condição em idade fértil. Mas apenas em casos muito específicos essa característica pode apresentar verdadeiro risco.

Por ser conhecido como um “tumor”, ao identificar o problema, muitas mulheres acabam entrando em estado de alerta e preocupação grandes, mas a médica obstetra, Dra. Rebecca Sotelo, garante: “O mioma é considerado benigno, ou seja, ele não tem a capacidade de se espalhar pelo organismo de forma desordenada. No entanto, existem algumas variações – de tamanho ou diferentes regiões do sistema reprodutor que ele pode afetar. Por isso, o melhor caminho é sempre cuidar da saúde com visitas regulares ao ginecologista. Com os exames em dia, é possível identificar se ele continua no formato comum ou se está crescendo. Caso ocorra qualquer alteração, é possível encaminhar a mulher para um tratamento detalhado e precoce, conforme a necessidade”, afirma.

Dra. Rebecca alerta sobre os riscos de deixar os cuidados de lado. “Apesar de ser considerado um tumor que não apresenta risco inicial, caso a mulher sofra qualquer alteração, podem haver danos à saúde, como infertilidade e, até mesmo, o óbito em casos mais graves. Por isso, não esqueça de manter seus exames de rotina sempre em dia”, orienta.

Por que a maioria das mulheres apresentam essa alteração?

De acordo com a especialista, ainda não existe um meio certo para identificar qual mulher poderá apresentar o desenvolvimento do mioma ou não. Porém, a maioria dos casos estão relacionados ao fator genético ou hormonal. “A melhor forma de entender cada caso é através dos exames. Geralmente, avaliamos o histórico familiar, se possível, e realizamos o acompanhamento para entender o fluxo menstrual, a intensidade, o nível de dores do período, entre outros. Tudo isso nos ajuda a entender o caso de cada pessoa”, diz.

Fonte: Dra. Rebecca Sotelo, Médica ginecologista obstetra, com pós-graduação em uroginecologia. Especialista em tratamento de incontinência urinária, prolapso genital e outros distúrbios do assoalho pélvico feminino.

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