Nutriente não é responsável pela cura, mas auxilia no processo de prevenção
Após a divulgação de um estudo realizado por cientistas italianos na Universidade de Turim, reacendeu-se em todo o mundo a importância da Vitamina D para a saúde geral do corpo. O relatório preliminar apontou que muitos pacientes internados no país devido ao novo coronavírus apresentavam baixos níveis desse nutriente.
No entanto, a dermatologista Lívia Lavagnoli alerta que tal substância não é responsável pela cura de qualquer doença. “É preciso entender que a Vitamina D é responsável pela manutenção saudável do organismo e, consequentemente, auxilia na prevenção de doenças e transtornos causados pela baixa imunidade, como a gripe ou a Covid-19”, explica.
Outro ponto destacado pela médica é que ainda não existe comprovação científica que estabelece a relação direta entre a Vitamina D e o novo coronavírus. Porém, como citado anteriormente, ela auxilia no funcionamento do sistema imunológico – algo que está relacionado às consequências do vírus responsável pela Covid-19.
Vitamina D como aliada na saúde geral do corpo
A dermatologista destaca também que não é apenas o sistema imunológico que é beneficiado pela substância. “Ela é responsável pelo bom funcionamento dos ossos, já que auxilia na retenção de cálcio e fósforo. Também é aliada contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além de manter a saúde e beleza da pele e dos cabelos”, garante.
Como encontrar a Vitamina D?
Ela é naturalmente obtida através da exposição a luz solar. Porém, em época de isolamento social, quem não possui um espaço com luz solar em casa pode encontrar dificuldades em mantê-la. Lívia ressalta que uma alternativa é encontrá-la nos alimentos. “O indicado é investir em uma dieta com produtos como gema de ovo, fígado de boi, peixes como atum, sardinha e salmão. Leite e derivados também são indicados”, orienta.
No caso dos suplementos, a dermatologista orienta que eles não são essenciais, já que essa vitamina pode ser encontrada naturalmente nos alimentos. “Eles são indicados para os idosos, que possuem maior deficiência da vitamina D no organismo e para pessoas que possuem algum tipo de doença preexistente que impede a absorção desse nutriente pelo corpo”, finaliza.
Fonte: Lívia Lavagnoli, médica dermatologista, membra da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e especialista em tricologia médica.