Medicina reprodutiva contribui para formação de novos arranjos familiares



Dr. Joao Pedro Junqueira – Foto: Leo Horta. 

Especialista destaca que acesso aos tratamentos de reprodução assistida independem do estado civil e da opção sexual dos pacientes

Recentemente, uma polêmica envolvendo o ator Thammy Miranda como protagonista da campanha publicitária de Dia dos Pais da Natura, chamou a atenção para uma realidade que ganha cada vez mais espaço: as novas configurações familiares. Com as transformações sociais e culturais da humanidade e os avanços da medicina reprodutiva, o conceito de família não mais se aplica apenas ao casal formado por homens e mulheres. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, aumentou mais de 60% em 2018, segundo uma pesquisa divulgada pelo IBGE no início deste ano.

Na opinião do médico João Pedro Junqueira Caetano, especialista em reprodução assistida da clínica Pró-Criar, a medicina reprodutiva tem um papel importante nessa nova realidade. “Os tratamentos de reprodução assistida, amparados pela legislação vigente, permitem que qualquer pessoa, independente do estado civil ou da opção sexual, realize o desejo de ter filhos”, destaca.

Entre as técnicas de reprodução disponíveis estão a inseminação artificial, a fertilização in vitro (FIV), a ovodoação, a criopreservação de gametas e o útero de substituição. “Para cada caso, é indicado um tipo de tratamento. O útero de substituição com doação de óvulos, por exemplo, é uma técnica adequada para quem não tem condições de gestar um bebê, como casais homoafetivos formados por homens ou mesmo homens solteiros. Já as mulheres solteiras ou os casais formados por mulheres podem recorrer à FIV ou à inseminação artificial, com doação de sêmen”, explica o especialista.

Para a psicóloga da Pró-Criar, Cássia Avelar, as famílias não mais se baseiam em conceitos estritamente biológicos, mas sim no afeto. “A pluralidade afetiva, a igualdade de gêneros e a diversidade sexual não representam ameaça às famílias, mas integram-se como novas possibilidades. Superados os preconceitos, respeitadas as regras da ética profissional, devemos entender a nova roupagem das entidades familiares de forma aberta, baseadas, sempre, em regras de inclusão”, analisa.

Ainda de acordo com Dra. Cássia, é importante que as clínicas de reprodução assistida também ofereçam aos seus pacientes suporte psicológico. “O acolhimento é fundamental. É preciso cuidar e entender que tipo de atenção cada paciente necessita, a fim de minimizar ou prevenir qualquer tipo de dano que possa advir como consequência de um tratamento”, finaliza.

Sobre a Pró-Criar

A Pró-Criar, especializada em reprodução assistida, está completando 21 anos de atuação. A clínica tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento acolhedor àqueles que buscam tratamento de fertilidade. Fundada pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB, em fevereiro de 1999, a Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos, e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana. Em fevereiro de 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva.

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