Cia. de Dança Palácio das Artes apresenta intervenção artística HOJE 730, com direção da premiada coreógrafa FERNANDA LIPPI

Hoje 730 – Crédito Alessandra Duarte (1)


A Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) apresenta nos dias 17 e 18 de março (quinta e sexta), às 18h, no Hall do Palácio das Artes, a intervenção de dança “Hoje 730”, fruto de uma oficina de três dias ministrada pela aclamada corégrafa, atriz e cineasta Fernanda Lippi, brasileira radicada em Londres há mais de 20 anos. Fundadora da Cia Zikzira Physical Theatre, Fernanda Lippi esteve no Brasil na última virada de ano e agora a Cia. de Dança Palácio das Artes compartilha com o público as reverberações dessa parceria. Trata-se de um trabalho não finalizado, que perpassa as experiências corporais que os bailarinos viveram no período de pandemia.

“O número 730 significa a soma dos dois anos de confinamento, por causa da pandemia. E ‘Hoje 730’ simboliza o dia que encontramos e marcou esse tempo. Trabalhamos muito na brincadeira de contagem desses dias, pois eu gosto de números. Mas não é uma reflexão sobre o que aconteceu nesse período de confinamento e, sim, a respeito do que estava acontecendo no dia em que nos encontramos”, pontua Fernanda Lippi.

Durante a oficina, a coreógrafa, que trabalha com o teatro físico junto com a dança, buscou trazer as expressões possíveis do humano, seja expressão da materialidade do corpo, seja aquela oriunda do espírito com sua inquietação, beleza e poesia. “A partir da concepção de interdisciplinaridade e do teatro físico é colocado, ao lado de cenários que dialogam com a narrativa, a expressão corporal do artista em primeiro plano, trabalhando a gestualidade, a voz e movimento. E, em segundo plano, vem a fotografia e o olhar cinematográfico”, explica Fernanda.

Segundo o diretor Cristiano Reis, a proposta de convidar Fernanda Lippi foi para o elenco da CDPA vivenciar a concepção de trabalho da coreógrafa. “Ela tem uma habilidade madura de construção cênica para o bailarino e trabalha muito a dramaturgia, o movimento, e algo que vai além movimento. Como diria a coreógrafa Pina Bausch: ‘O que me interessa não é como as pessoas se movem, mas sim o que as move’. Outra questão pontual que me vez convidá-la foi o fato de a Fernanda trabalhar com bailarinos cocriadores, no qual os artistas propõem corporalmente, como ocorre nos processos criativos da CDPA”, observa.

Ministério do TurismoGoverno de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a intervenção de dança “Hoje 730”que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da CemigArcellorMittalInstituto Unimed-BH¹, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.

O patrocínio do Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de cinco mil médicos cooperados e colaboradores.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

FERNANDA LIPPI – A premiada coreógrafa brasileira Fernanda Lippi, fundadora da Cia Zikzira Physical Theatre, com sede em Londres e Brasil, produziu trabalhos de dança, teatro e cinema aclamados pela crítica internacional. Foi bolsista integral pela Trinity Laban Londres e fez um ‘internship’ no Lincoln Center New York. Como artista solo apresentou ‘Canvas’ na abertura da Tate Modern em Londres e fez uma turnê ‘Même Vieux Manteux’ na Europa. Colaborou com as mais influentes Cias de teatro da América do Sul, como o Teatro da Vertigem e o Lot (Peru). Ela coreografou todas as produções e filmes da Cia Zikzira Physical Theatre: dois curtas e dois filmes de ficção de média-metragem, um documentário e dois longas-metragens; uma instalação e três espetáculos para o palco. Seu trabalho foi realizado e exibido em festivais internacionais e nos melhores teatros e cinemas da Europa, tais como The Barbican, ICA, Laban Theatre Bonnie Bird, Regent Street Cinema, Tate Modern, Sky Arts TV, Hebbel am Ufer (Berlim), Teatro Akropolis (Genova), Teatro Municipal São Luís (Lisboa), em várias unidades do SESC SP (Pompéia, Consolação, Cinescesc), CCBB, Panorama (Rio), POA, entre outros. Os destaques da produção da Zikzira incluem os espetáculos ‘Verissimilitude’, ‘Eu vos Liberto’ e ‘The smooth wax of ingenuous souls’ e a instalação urbana ‘Urbe’. Fernanda coreografou o curta-metragem “Fliessgleichgewicht” e o filme “As Cinzas de Deus”, o primeiro longa-metragem de dança do Brasil, distribuído nos cinemas de arte no Brasil e na Europa, aclamado pela crítica internacional (Time Out Escolha dos Críticos, Londres), mapeando uma nova tendência de filmes de dança no Brasil. “Sea without Shore” (2015), seu segundo longa-metragem, que co-dirige, coreografa e atua, foi exibido nos mais prestigiados cinemas de arte do Reino Unido. No mesmo ano, juntamente com Javier de Frutos (Laurence Olivier Award for Best Theatre Choreographer) e Paul Roberts (Brit Awards, Beyoncé, Kylie Minogue), Fernanda foi convidado pelo Cia BalletBoyz (National Dance Awards) para co-coreografar ‘Kama Sutra’, uma produção para a Sky Arts. Em 2016, estreou seu novo curta “We have Bled” com direção de Marcus Waterloo no Frame Film Festival de Londres, organizado pela Balletboyz. Também em 2016, “Onde o Mar Descansa” (“Sea without Shore”) foi lançado através do Itaú Espaço de Cinema, a maior rede de cinemas de arte do Brasil. Em 2017, Fernanda coreografou a performance ao vivo “Outro em Si”, indicado a cinco prêmios a vencedor de Melhor Performance e Melhor Bailarino (Sinparc Brasil 2018).

CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES – Corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado – é reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil e é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente. O Grupo desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela Instituição ou em parceria com artistas brasileiros. A Companhia tem a pesquisa, a investigação, a diversidade de intérpretes, a cocriação dos bailarinos e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção artística. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.

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