Arroz com preço de caviar: o dragão da inflação bafeja novamente?



Nos mercados, cidadãos reclamam dos preços. O dragão da inflação está voltando a atacar? A Sputnik investiga se o monstro bafeja novamente, e o que torna o arroz com feijão em caviar na mesa do brasileiro.

Na terça-feira (29), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 4,34% em setembro, contra avanço de 2,74% em agosto. Com o resultado, a taxa registra alta de 14,4% no ano, e de 17,94% em 12 meses.

Segundo o economista Ricardo Summa, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), existe uma “pressão inflacionária” no país e o IGP-M “está bem alto”, embora avalie que esse índice não esteja se refletindo tanto na ponta final da cadeia, os preços ao consumidor.

“Por outro lado, a outra taxa, que é o Índice de Preços ao Consumidor [IPCA] ainda está baixo, menor do que 3% ao ano, o que é um valor pequeno em relação à média de preços”, disse à Sputnik Brasil.

Inflação atinge preços do atacado

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,24%, abaixo da taxa de 0,36% registrada em julho.

Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior, trata-se do terceiro avanço seguido e o maior resultado para um mês de agosto desde 2016, quando o IPCA foi de 0,44%. Em agosto de 2019, a taxa registrou 0,11%. No acumulado em 2020, o IPCA tem alta de 0,70%, e em 12 meses, de 2,44%. A meta do governo para o ano é de 4%, com tolerância de 1,5 pontos para mais (5,5%) e para menos (2,5%).

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