Quilometragem em carro usado: entenda como influencia na venda



Se você quer se desfazer do seu automóvel, precisa entender como a quilometragem influencia na venda de carro usado. Afinal, esse tipo de elemento tem um impacto significativo no interesse dos consumidores, bem como nas condições encontradas para adquirir o objeto no mercado. Essa é, aliás, uma das principais diferenças entre o preço “real” de um carro usado e aquele que aparece na Tabela FIPE.

Atualmente, o mercado automotivo do Brasil segue em queda. O setor caiu quase 30% neste ano, tendo a pandemia do novo coronavírus sido o principal fator para essa queda significativa. É fato que há um interesse maior em comprar automóveis no momento (tanto por causa da Selic baixa, quanto para evitar o transporte público), mas esse interesse tem sido direcionado para automóveis usados e seminovos, não para carros 0km.

Se você quer aproveitar o momento para vender seu veículo, é importante saber como a quilometragem influencia na venda de carro usado. Quer aprender? Então siga a leitura do artigo abaixo!

Como a quilometragem influencia na venda de carro usado

Quilometragem = desgaste

O primeiro ponto a ter em mente em relação ao impacto da quilometragem na hora de vender ou comprar um carro usado é que ela, normalmente, é um sinônimo para desgaste. Na prática, isso acontece na indústria automotiva como um todo e molda a maneira como pensamos em um automóvel.

Por exemplo, as montadoras enviam instruções para a revisão do carro com base na sua quilometragem. A cada x quilômetros, troque aquela peça. A cada Y, troque aquela outra. Isso porque as peças têm vida útil e, normalmente, a medição é feita por quilômetros rodados, o que é a melhor forma de traduzir o uso do veículo. 

Isso significa, portanto, que um carro usado ou seminovo com mais quilômetros no hodômetro é, também, um automóvel mais desgastado. Quanto mais desgastado, menor o preço, já que o veículo precisará de mais revisão e ajustes na oficina mecânica.

É por isso que muitos vendedores usam de equipamentos ilegais para gerar uma quilometragem adulterada no automóvel. Dessa forma, eles podem argumentar que o veículo tem um desgaste menor do que o que ele realmente tem. Essa prática é ilegal, claro.

Para se proteger dela, é possível verificar a quilometragem do automóvel nas revisões marcadas no Manual do Proprietário. Quando for comprar um veículo usado ou seminovo, peça para ver o Manual e confira qual o valor marcado nas revisões. Se não houver marcado nada, desconfie e não compre, pois é sinal de que o Manual foi adulterado. O mesmo vale para o caso em que o vendedor não exibir o documento.

Quilometragem = demanda

Considerando o que vimos neste artigo, é seguro afirmar que a quilometragem de um automóvel usado é um dos principais fatores que movem a demanda por esse veículo. Ou seja: quanto menor a quilometragem do automóvel, maior é a sua demanda.

Por isso, uma baixa quilometragem significa uma tendência maior de venda do veículo no mercado. Isso porque os consumidores enxergarão aquele automóvel como mais útil e com maior valor e, assim, quererão comprar.

Na prática, isso valorizará mais um automóvel com menos quilometragem e desvalorizará aquele que tem mais quilômetros registrados no hodômetro.

Por exemplo, suponha que você vai vender dois Chevrolet Onix de 2018. Um deles tem 50 mil quilômetros rodados. Já o outro, tem 15 mil. O primeiro vai ser muito mais barato do que o segundo.

Isso acontece porque a média de quilometragem do motorista no Brasil é de 20 mil quilômetros por ano. Portanto, andar essa quantidade é considerado “normal”. Um carro de dois anos de idade (como o Onix de 2018 que demos de exemplo), poderia ter até 40 mil quilômetros rodados e seria considerado dentro do padrão. Como tem 50 mil, ele já demonstra um desgaste acima da média. Portanto, se desvaloriza.

Por outro lado, o Onix de 2 anos com 15 mil quilômetros rodados está muito bem conservado. Ele tem menos da metade da quilometragem prevista para o período e, portanto, atrairá mais consumidores.

Quilometragem = potencial de revenda

Um último ponto a ter em mente quando falamos da quilometragem dos automóveis é considerar que ela afeta o potencial de revenda do automóvel. Na prática, um carro com maior quilometragem terá menor potencial de ser revendido. Por isso, dificilmente será útil no futuro. Já um automóvel com menos desgaste pode não só ser útil agora, como ainda poderá ser usado para dar entrada em outro veículo ou ser vendido em 2 ou 3 anos.

Agora que você já viu como a quilometragem influencia na venda de carro usado, é importante entender como anunciar o valor do seu hodômetro quando tentar vender seu carro. Nunca faça uma adulteração no valor, pois isso é crime e pode gerar consequências bem negativas para você. Portanto, mesmo que a sua quilometragem seja alta, é importante anunciá-la em valores reais e negociar com os interessados.

Gostou do conteúdo? Então conte para a gente se o seu carro está dentro da média dos 20 mil quilômetros por ano ou não!

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